Acúmulo de lixo no Limoeiro preocupa moradores
Entulhos são depositados em dois terrenos e em lixeira localizados próximos ao ribeirão Sorocaba
Entulhos são depositados em dois terrenos e em lixeira localizados próximos ao ribeirão Sorocaba
Moradores do bairro Limoeiro entraram em contato com o Município Dia a Dia para relatar a reincidência do acúmulo de lixo em dois terrenos da rua Valquíria Laurentino Pereira. Enquanto um deles acumula restos de material de construção, o outro armazena móveis antigos. De acordo com os moradores, os materiais podem entupir a tubulação de escoamento do ribeirão Sorocaba – que divide os dois terrenos – e também podem conter água parada.
Há dois anos, matéria sobre o mesmo problema já havia sido divulgada pelo MDD. Na época, os proprietários limparam os terrenos. Porém, há pouco mais de um mês, o problema voltou à tona. Uma das moradoras, que preferiu não se identificar, conta que quando chove os entulhos do terreno que pertence a Brusque chegam à rua.
“Não dá para entender como as pessoas fazem isso se há caminhões que recolhem o lixo. É só depositar corretamente na lixeira. Esses entulhos vão parar inclusive dentro do ribeirão. É um absurdo”, diz a moradora.
Outro morador da rua que também preferiu não se identificar diz que o acúmulo de entulhos pode causar problemas à saúde devido à possível proliferação de ratos, baratas e de mosquitos da dengue. Até o fechamento desta edição, a reportagem não conseguiu contatar o dono do terreno que pertence a Brusque.
Por outro lado, a proprietária do terreno que pertence a Itajaí e que acumula móveis, Orlandina Fantini Merísio, diz que disponibilizou o terreno para que o proprietário de um asilo próximo ao local pudesse depositar os móveis que, de acordo com ela, serão queimados. Orlandina afirma também que não há risco de os móveis chegarem ao ribeirão.
Lixeira
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Além dos dois terrenos, um tubo de concreto utilizado como lixeira pela empresa Brumóveis e que está alocado a centímetros do mesmo ribeirão também preocupa os moradores pelas mesmas razões dos outros dois depósitos. O proprietário do estabelecimento, Hilário Zonta, confirma que foi a própria empresa que instalou o tubo para que os funcionários coloquem restos de alguns materiais, porém, ele diz que boa parte do que é depositado atualmente vem de moradores do próprio bairro.
“Esse material é recolhido duas vezes por semana pelo caminhão de lixo de Itajaí. Mas a maioria do nosso lixo fica dentro de caixas dentro da empresa. O certo seria tirarmos logo essa lixeira daqui porque quase não colocamos material. E não são essas tubulações do ribeirão que causam os alagamentos na rua e nem estão entupidas. Os problemas são o tamanho delas e o local onde desemboca a água, numa tubulação do outro lado da rodovia. Lá está cheio de lixo”, argumenta.
A tubulação que Zonta se refere está localizada na rua Itajaí, próxima à divisa entre Brusque e Itajaí. Ao lado do trecho de escoamento da água há um ferro-velho que deposita alguns materiais ao lado do ribeirão. A reportagem não conseguiu encontrar o dono do local, no entanto, uma moradora da rua diz que o proprietário já foi notificado pela prefeitura, mas nada fez.
“Tem muito lixo que pode, além de entupir os canos, acumular água e causar dengue. Há muita sujeira ali. É ruim isso porque a gente cuida da rua, mas não adianta se os outros não cuidarem também”, afirma.
O que diz a Fundema
O superintendente da Fundação Municipal do Meio Ambiente de Brusque (Fundema), Cristiano Olinger, afirma que os fiscais receberam denúncia sobre os entulhos dos dois terrenos localizados próximos à rua Orlandina Fantini Merísio, porém, eles ainda não conseguiram ir até o local devido à demanda de trabalho.
“Nós seguimos um cronograma. Mas dependendo da denúncia, os fiscais precisam se deslocar no mesmo momento para o local para conseguir encontrar os infratores, como nos casos de terraplanagem. Por isso acabam adiando um pouco as outras denúncias que não são urgentes e que estão na pauta”, diz.
Olinger explica ainda que os proprietários não podem deixar entulhos acumulados que gerem mal cheiro ou riscos à saúde da população. Quando notificados, eles devem limpar os terrenos. Em caso de descumprimento da ordem, os infratores recebem multa. Se o ato se repetir, a multa pode triplicar. O não pagamento dos valores gera dívida ativa com a prefeitura.