Pe. Adilson José Colombi

Professor e doutor em Filosofia - [email protected]

Agosto: mês vocacional

Pe. Adilson José Colombi

Professor e doutor em Filosofia - [email protected]

Agosto: mês vocacional

Pe. Adilson José Colombi

A Igreja no Brasil, em alguns meses do Ano Litúrgico, dá um acento especial para um tema que interessa a toda a comunidade cristã ou à sociedade em seu todo. Assim, por exemplo, acontece a Campanha da Fraternidade, na Quaresma; a Campanha da Evangelização, no Advento; setembro é o Mês da Bíblia. Da mesma forma, agosto é o Mês Vocacional. A CNBB, normalmente, prepara um tema e um lema como fios condutores das reflexões, ações, orações e celebrações litúrgicas. Este ano, por exemplo, o Mês Vocacional tem como a temática “Seguir Jesus a luz da fé” e o lema: “Sei em quem acreditei” (2Tm 2,12).

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Não é uma prática recente, já em 1981, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em sua 19ª Assembleia Geral, instituiu agosto como o Mês Vocacional. O objetivo principal era o de conscientizar as comunidades da responsabilidade que compartilham no processo vocacional. De fato, toda vocação é vivida, em uma comunidade. Isto significa que, de algum modo, a própria comunidade é corresponsável na vivência das vocações.

Com efeito, desde o Batismo fazemos parte do mesmo Povo de Deus e temos todos a mesma vocação fundamental: a vocação à santidade. As quatro vocações específicas ou particulares são os vários caminhos possíveis para realizar, justamente, a vocação fundamental: a santidade.

Desta forma, cada domingo do mês de agosto é dedicado à celebração de uma determinada vocação (específica ou particular). No primeiro, celebra-se sacerdócio e os ministérios ordenados; no segundo, o matrimônio junto com a Semana da Família; no terceiro, a vida consagrada (religiosos e religiosas), e por fim, no quarto, a vocação dos Leigos e Leigas, engajados na vida da Comunidade.

Vocação é uma palavra que vem do verbo latino “vocare”, que significa “chamar”. Por isso vocação, antes de tudo, é um chamado, um chamamento. O chamado fundamental que marca toda a vida é feito pelo próprio Jesus: é o chamado à santidade, isto é, a segui-lo como modelo de vida. Não há outro modelo de santidade, porque ele é o único caminho para o Pai, para a Casa do Pai. Só Deus é santo. Ele nos chama a participar de sua Santidade, por meio de seu Filho Cristo Jesus. As quatro vocações específicas ou particulares são os caminhos para seguir o Mestre Jesus, como discípulo ou discípula.

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É, no mês vocacional, que pedimos a Deus, de maneira mais insistente, segundo a oração composta pelo papa Paulo VI para que todos os batizados “sejam fiéis como apóstolos leigos, como sacerdotes, como religiosos e religiosas, para o bem do povo de Deus e de toda a humanidade”. Fiéis a sua vocação específica ou particular.

Creio que o mundo, hoje, não só a Igreja, estão carente de vocações que assumam, de verdade, o chamado específico. É bom salientar mais uma vez que, quando se fala em vocação não é só a vocação sacerdotal ou presbiteral ou a vida consagrada, como alguns ainda pensam. Sim, precisamos de santos e sábios padres e religiosos (as), sem dúvida.

Mas, creio que o âmbito mais carente, atualmente, é de vocações ao Matrimônio, ao casamento. É urgente a necessidade da presença de casais preparados, responsáveis e autênticos que se proponham a viver, com seriedade, maturidade e responsabilidade a vocação matrimonial, em nossa sociedade. Afinal, o Sacramento do Matrimônio é a certidão de nascimento de uma família segundo o Plano de Deus. A família que é a base e fundamento do início da construção da vida de todo o ser humano. Boa parte da problemática de nossa Sociedade e da Cultura, sem dúvida, tem origem na precária estrutura e organização da família contemporânea.

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