Se o Almanaque Bruscão 2019 falava que se tratava do “ano do Marreco”, o que se pode dizer da temporada 2020? O Brusque conquistou um título no primeiro jogo de sua temporada, só para começar. Venceu times de todas as divisões do Campeonato Brasileiro, da Série A à Série D. Teve uma campanha recorde na Copa do Brasil. Chegou à final do Catarinense depois de 28 anos, e coroou tudo com um acesso à Série B do Brasileiro. E o objetivo, nas projeções de diretoria, comissão técnica e imprensa era a manutenção na Série C, para adquirir experiência e, anos depois, tentar subir.

O excelente ano de 2019 teve a continuidade de um 2020-21 que, apesar de atingir os limites do inimaginável, não foi apenas flores. A pandemia trouxe dificuldades para o futebol no mundo inteiro. O Brusque não passou imune, se manteve relativamente bem, precisou ficar mais distante do torcedor que fazia do Augusto Bauer um caldeirão. A parada do futebol permitiu à Chapecoense uma reestruturação importante, e o time pôde vencer, na final do Catarinense, o Brusque, que havia perdido sua grande referência no ataque por uma grave lesão.

O início da campanha na Série C mostrava que o Bruscão podia fazer muito mais do que lutar pela permanência. Mas, no segundo turno, maus resultados ameaçaram o quase perfeito trabalho do primeiro. O time quase ficou de fora da luta pelo acesso. Isto incluiu, claro, o 8 a 1, inesquecível pelos piores motivos.

Mas elenco e comissão técnica se fecharam e se uniram ainda mais. Utilizaram as críticas e cobranças como motivação, quase para provar que poderiam dar a volta por cima. Parecia uma vingança, no sentido menos pejorativo da palavra. Pois volta foi tão por cima, tão pelo alto, que o Marreco voou até chegar na Série B do Brasileiro.

O Brusque se superou. Embolou tudo com três empates nos três primeiros jogos. E foi decisivo quando mais era necessário ser decisivo. Contra o Vila Nova, em Goiânia, um 3 a 0 com classe. Contra o Ituano, em casa, 4 a 2, numa verdadeira final. Acesso, festa, euforia, delírio, a sensação de ter cumprido o dever, e muito mais do que o dever.

“Velhos” nomes voltam a ser escritos na história, como Thiago Alagoano, Aírton, Zé Mateus, Jefferson Renan, Zé Carlos e tantos outros. E novos nomes se juntam, a exemplo de Ruan Carneiro, Maurício Garcez, Edu & cia. E agora, sabe-se lá o que 2021 ainda reserva ao quadricolor, que estará figurando entre os 40 principais clubes do Brasil.

Neste material especial, o leitor de O Município tem, à sua disposição, números e mais números de mais esta grande temporada. As fotos são de Marcio Costódio.

Boas consultas.


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