Alteração do plano diretor da Cristalina é solicitação de empresários
Se aprovada, diretor-presidente do Ibplan diz que haverá limitação para instalação de empresas
Se aprovada, diretor-presidente do Ibplan diz que haverá limitação para instalação de empresas
A solicitação para transformar trechos da localidade da Cristalina, no bairro Dom Joaquim, de área rural para urbana, partiu de alguns empresários, diz o diretor-presidente do Instituto Brusquense de Planejamento (Ibplan), Rogério dos Santos.
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De acordo com ele, empresários procuraram o órgão informando que há muita mão de obra na localidade, mas por falta de emprego na região, precisam se deslocar até o Centro para trabalhar. “Poderiam ficar e trabalhar no próprio bairro, o que contribui para a mobilidade, facilitaria bastante. O objetivo é oportunizar isso”, diz.
Isso acontece porque toda a localidade da Cristalina é considerada área rural e, portanto, é vedada a implantação de empresas no local. Para que empresas de maior porte possam iniciar o trabalho ali, é preciso transformar parte da área em perímetro urbano.
Apesar do parecer positivo do Conselho da Cidade (Comcidade), para ser efetivada, a mudança precisa ser aprovada em audiência pública e também passar por aprovação da Câmara de Vereadores. “Levamos essa proposta para o Comcidade que é o órgão que analisa essas questões. Os moradores serão comunicados, será realizada a audiência pública para avaliar essa possibilidade de mudança”, afirma.
Santos destaca, entretanto, que nem todos os tipos de empresas poderão se instalar na Cristalina, caso a alteração seja efetivada. “Vai ter uma limitação. Tinturarias, por exemplo, não devem ser permitidas, até porque a nova captação do Samae será no local, mas isso não será o Ibplan que vai decidir, provavelmente ficará para a Fundema ou IMA (Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina) avaliar a instalação dessas empresas de maior impacto no meio ambiente”.
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A reportagem questionou o diretor-presidente do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae), Roberto Bolognini, sobre se a alteração poderia trazer impactos para a futura estação de tratamento da autarquia que será construída no local. Ele afirmou que desconhece o teor do projeto e que por isso ainda não tem um posicionamento sobre o assunto.
O superintendente da Fundação do Meio Ambiente (Fundema), Cristiano Olinger, também foi procurado pela reportagem para comentar o assunto, no entanto, não respondeu aos questionamentos até o fechamento desta edição. O procurador-geral do município, Edson Ristow, também não foi localizado.