Moradores do bairro Planície Alta, em Guabiruba, Tercílio Pessatti, 58 anos, e a filha, Liz Haiana Pessatti, 22, tem uma relação fundamentada na fé, principalmente por meio da oração.

Foto: Brenda Pereira

Tercílio e a esposa, Solange, adotaram Liz com um dia de vida. Assim que saiu do hospital, a bebê já foi para a casa dos pais adotivos. Desde criança, ela foi ensinada a participar da igreja.

O envolvimento na igreja surgiu após o casamento. Tercílio participava do coral com a esposa e ia à missa no fim de semana. De poucas palavras, ele diz que sempre incentivou a filha a participar porque considera que é fé é fundamental.

Fé e amor

A fé “é amor”, define o pai, e a relação entre eles se fortalece todos os dias por meio da oração. “A gente reza bastante juntos”, conta Liz. Sempre que eles podem, rezam em família. Um exemplo que dão é quando a imagem da Mãe Peregrina, que passa de casa em casa, chega na deles.

Bastante presente na igreja desde criança, Liz conta que para ela sempre foi normal participar porque os pais a levavam e incentivavam bastante. A caminhada de fé desde a infância deu à filha de Tercílio uma vida em Deus. Quando criança, além de cantar na igreja, ela também foi coroinha.

“Acho bem importante que eles sempre me ensinaram o caminho de Deus. E eu fico bem feliz que minha família é de oração”, comenta Liz.

Para ela, a oração é fundamental no relacionamento entre ela e o pai. “A base é a igreja, a oração. É essencial”, ressalta a filha.

O pai se emociona ao falar de Liz e tem dificuldade em encontrar as palavras. Mas a emoção mostra o quanto ele admira a filha. “Acho importante para a vida dela seguir esse caminho”, diz Tercílio.

A filha também fala do pai com muita admiração. “Ele é meu exemplo de vida. É uma pessoa calma, as vezes é um pouco teimoso mas bem mais calmo. Está sempre disposto a me ajudar”, diz. “Tudo o que tiver a meu alcance eu ajudo né”, complementa Tercílio.

Música que une

Pai e filha também vivenciam a fé por meio da música. Eles participam do ministério de música e sempre cantam nas celebrações, seja na comunidade ou em retiros, como os de crisma na paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.

Desde criança Liz cantou com os pais nas missas. “No começo eu não gostava, tinha vergonha de cantar. Ficava escondida”, conta. Mas depois que perdeu a timidez, se encantou.

Como cantam juntos no ministério de música, quase toda semana pai e filha têm uma experiência diferente. “Sempre que a gente canta é bem especial”, descreve Liz. A filha diz que quando canta com ele, se sente protegida. O pai, emocionado, fala que é muito bom servir com a filha. “É tudo né, é importante”, diz.

Tercílio e Liz também servem na igreja por meio do movimento campista das paróquias de Brusque, Botuverá e Guabiruba. Tercílio já fez o acampamento Sênior e o de casais com a esposa, Solange, e Liz já fez os acampamentos Formação de Adolescentes Cristãos (FAC) e Juvenil.

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