Amor próprio e orgulho são coisas totalmente diferentes. Não confunda. Você ir atrás de alguém após uma briga, sabendo que está errado, é passar por cima do seu orgulho. Agora, se humilhar constantemente por causa de alguém, é falta de amor próprio.

O orgulho e o amor próprio são distintos, mas de modo sutil, e podem confundir-se na hora de tomar uma decisão ou levar a vida. O orgulho é um grande prazer ligado ao valor que você tem de si mesma. É fruto da satisfação que nasce pelas suas capacidades, por uma realização ou um sentimento de dignidade pessoal. Você já deve ter ouvido falar “deixa de ser orgulhosa”, “isso não leva a nada”, etc. Frases que surgem porque esse sentimento pode ser um grande inimigo ao tomar uma decisão baseada apenas nele, ou mesmo quando a pessoa é soberba, acreditando ser superior aos outros. O orgulho se alimenta de ilusões sobre a vida e pode atrapalhar muito se não for controlado. O lado positivo se manifesta “quando valorizamos nossas conquistas, o que, de fato, é essencial para se obter sucesso nas mais variadas áreas da vida.

Outra máxima que você também já deve ter ouvido (ou dito) é “isso não é orgulho, é amor próprio!”. É exatamente aqui que surge a confusão. Mas esse segundo sentimento nada mais é que “aceitar você mesma, com todos os defeitos, e não permitir que a opinião dos outros a mude. É a relação de respeito que tem por si. Entretanto, se levada à extremos, pode ser prejudicial também.

Diferente do que muitos pensam, o amor próprio não é só pensar em si, mas se for mal articulado ou nutrido pode passar por egoísmo, sim, que fica mascarado quando você tem atitudes recorrentes visando só seu bem-estar, sem se preocupar com os demais.

Quem o tem, respeita a si e aos outros. Costuma agir de forma positiva e tem um maior controle emocional. Aqui, ele também pode ser visto como orgulho excessivo, mas a chave para o amor próprio não tomar essa proporção é o respeito.

O egoísmo é um amor próprio exagerado, disfuncional, um orgulho e uma presunção. A pessoa leva em consideração somente suas opiniões, interesses e necessidades. O egoísta não se importa com as necessidades alheias, pisa nos outros, ou seja, não tem empatia (capacidade de compreender os sentimentos dos outros).

O amor próprio é uma espécie de auto-amor; pessoas que aprenderam a amar a si mesmas. São pessoas que defendem seus interesses para satisfazer suas necessidades. Pessoas que se amam, mas não passam sobre os interesses dos outros e não colocam suas necessidades, com exclusividade, para serem satisfeitas. O amor próprio propicia ações positivas com relação a si próprias e com os outros. Pessoas que se amam já desenvolveram controle emocional e são solidárias com os outros. Procuram compreender as outras pessoas e são possuidoras de virtudes como a capacidade de perdoar, de ter confiança e segurança, para sempre se renovarem e recomeçarem.


Cristiane de Souza
– 16 anos