Começou na terça-feira, 3, em Balneário Camboriú, o evento O Negócio da Moda – ONDM, que foi realizado até esta quinta-feira, 5, no Expocentro BC. O evento que passou por diversas transformações desde a sua criação, em 2015, chegou a mais uma edição com um novo formato e ainda maior.

Além da já tradicional programação de conteúdo, dividida entre talks e palestras com diversos nomes atuantes do segmento da moda brasileira, o ONDM 2023 trouxe como novidade uma feira de negócios voltada para profissionais da indústria têxtil e confecção. A feira conta com um espaço de 8,5 mil metros quadrados e mais de 90 marcas que atendem ao segmento da confecção.

Natural de Brusque, Ivan Jasper, idealizador e principal nome à frente do evento, comemora os bons resultados já colhidos nesta edição do ONDM e adianta novidades sobre os próximos passos do seu arrojado projeto.

André Groh: Como aconteceu a ida do ONDM para outros estados? 
Ivan Jasper: Começou com uma amizade, muito tempo atrás, com Lucas Franzato, que hoje é CEO do Grupo Morena Rosa. Na época, ele atuava no marketing do Grupo Morena Rosa e, conversando sobre o evento, ele deu a ideia de fazermos uma edição em Cianorte, uma cidade de cerca de 80 mil habitantes no noroeste do Paraná. A princípio a ideia não me pareceu viável, já que Cianorte fica próxima de Maringá, porém muito menor em tamanho. No entanto, percebemos que o setor da confecção, de fato, estava em Cianorte. A partir daí decidimos fazer uma edição na cidade em 2020, porém os planos tiveram que ser adiados (por conta da pandemia de Covid-19) e realizamos a edição em 2022; foi uma experiência tão incrível que nos deu coragem para alçar novos voos e entender novos mercados.

AG: Então agora o evento passa a ter mais de uma edição por ano? Será itinerante?
IJ: Nós vamos realizar duas edições por ano, uma a cada semestre. Neste ano, estivemos no dia 9 e 10 de agosto em Santa Cruz do Capibaribe, em Pernambuco, e hoje estamos aqui em Balneário Camboriú. Em 2024, nos dias 15 e 16 de maio estaremos realizando uma edição em Goiânia, que é outro pólo têxtil fantástico, e nos dias 22, 23 e 24 de outubro, estaremos novamente aqui no Expocentro.

AG: Qual critério é levado em consideração para a escolha da região? 
IV: Como nós recebemos várias sugestões de pólos têxteis, realizamos um estudo de campo, mas além dessa avaliação eu quero a benção das pessoas que lá estão, não somente levar o evento. Eu não quero chegar “invadindo”, pois podem ter eventos similares, podem ter outras coisas, então a gente sempre tem um diálogo muito bom.

AG: Existem eventos similares ao ONDM?
IJ: Existem eventos similares, mas não tão completos como o nosso. E isso não é prepotência; são os anos de trabalho que permitem ir entendendo o mercado precisa. Nós começamos só com o compartilhamento de inteligência, então as edições anteriores tinham apenas um ou outro expositor. Hoje nós temos 93 expositores, que são a alma do evento, que fazem o evento de verdade. Por isso chamamos de “O Negócio”. A palavra “negócio” vem antes da moda, as duas coisas têm que estar conectadas.

AG: Qual é o futuro do ONDM? O evento vai ter mais formato de feira daqui para frente? 
IJ: Sim. Já era um sonho quando nós começamos em 2015 em um formato menor. Nós fizemos um planejamento de 5 anos naquele formato porque entendemos que precisávamos criar o conceito da marca, credibilidade no mercado, ter algo para entregar aos expositores e gerar negócio, caso contrário o evento não faria sentido. Não é somente pelo branding, tem que gerar negócio. E o formato que alcançamos agora é o que queremos para o futuro.