Raul Sartori

Jornalista graduado em Ciências Sociais, atua na imprensa catarinense há cerca de 40 anos - [email protected]

Apesar de questionadas, escolas cívico-militares ganham apoio da população

Raul Sartori

Jornalista graduado em Ciências Sociais, atua na imprensa catarinense há cerca de 40 anos - [email protected]

Apesar de questionadas, escolas cívico-militares ganham apoio da população

Raul Sartori

Escolas militares 1
As escolas cívico-militares são questionadas mas ganham apoio popular crescente, diz a pesquisa “A cara da democracia”, feita pelo Instituto da Democracia, que reúne especialistas de várias universidades públicas: 60% da população apoiam a militarização das escolas e só 30% são contra. Em 2021, esse número era de 57% e 35%, respectivamente. Em SC são 10, equivalentes a 0,78% de toda a rede estadual. No Paraná já são 312, abrangendo 14,84% do seu sistema público. No país já são 569, em 16 Estados.

Escolas militares 2
Em comum, as escolas cívico-militares têm rotinas inspiradas nos quartéis. Quando chegam, os alunos fazem uma primeira formatura com cerimônia de hasteamento da bandeira e cantam o Hino Nacional. Há padrões estéticos também: as meninas não podem usar os cabelos soltos além dos ombros e os meninos precisam fazer corte estilo militar. Acessórios como brincos são liberados só para as alunas. Mesmo assim, precisam ser discretos.

Palanque
O Contorno Viário de Florianópolis foi incluído numa lista de 28 obras para Lula inaugurar – o que será dia 9 – com o propósito de alavancar candidaturas onde o PT tenta eleger prefeitos ou está na chapa de aliados. No caso o foco é Florianópolis. O candidato da legenda é Vanderlei Farias. A última vez que um nome de esquerda venceu a eleição na capital catarinense foi em 1992.

Linha-dura 1
Sob apoio explícito de Bolsonaro, nomes ligados às forças de segurança serão candidatos a prefeito ou vice-prefeito pelo em 10 capitais. Dentre elas Florianópolis, com a vereadora Maryanne Mattos (PL) oficializada em convenção na chapa do prefeito Topazio Neto (PSD), que vai concorrer a um novo mandato. Maryanne é guarda municipal desde 2004. Foi primeira mulher comandar a corporação e também foi secretária municipal de Segurança Pública na gestão do então prefeito Gean Loureiro (União Brasil).

Linha-dura 2
Em 2019 ela rompeu com Gean e na oposição conquistou uma cadeira no Legislativo. Notabilizou-se por patrocinar um projeto criando o Dia do Batman, como símbolo de sua principal bandeira no mandato, combater a criminalidade. Como vice, ela é a marca da forte presença bolsonarista na chapa do prefeito, hoje um dos principais aliados do governador Jorginho Nello (PL).

Crime em escolas
Na volta do recesso o Senado vai analisar projeto aprovado na Câmara e relatado pelo deputado Jorge Goetten (Republicanos-SC), que aumenta as penas para assassinatos em instituição de ensino, considerando-o um crime hediondo. Acresce em um terço se o crime na escola for cometido contra pessoa com deficiência ou com doença que acarrete condição limitante ou de vulnerabilidade física ou mental; em dois terços se o autor do crime for ascendente, padrasto ou madrasta, tio, irmão, cônjuge, companheiro, tutor, curador, preceptor ou empregador da vítima, ou professor ou funcionário da instituição de ensino.

Agosto Lilás
Que este mês, do Agosto Lilás, se faça, de fato, uma conscientização da violência contra a mulher, principalmente em SC, cujos dados são alarmantes: de janeiro a junho deste ano foram registrados 32 feminicídios, 18.612 casos de ameaças e 15.661 pedidos de medidas protetivas, segundo a Secretaria da Segurança Pública. Quanto ao feminicídio, o desafio é prevenir: em 80% dos casos não houve qualquer registro de ocorrência feita pela vítima.

Guarda com fuzil
Desde que, recentemente, o prefeito de São José, Orvino de Ávila, festejou, em rede social, a compra de 14 fuzis para sua guarda municipal, criou-se uma discussão nacional. A lei geral das guardas, de 2014, estaria sendo distorcida. É que foram concebidas para ter foco na prevenção e não na repressão de crimes.

Agronegócio
As incorporadoras de Balneário Camboriú, sem mais terrenos próximos à praia para construir, estão procurando novos mercados fora de SC. Um dos exemplos é a Haacke, que com investimento de R$ 1,5 bilhão vai construir uma espécie de World Trade Center, prédio comercial de 25 andares em Sinop, no norte de Mato Grosso. Previsto para ficar pronto em 2029, envolve a torre da grife WTC, um centro médico, torres residenciais e comerciais.

Lido, alhures
O dólar está ganhando medalha de ouro em salto em altura: subiu 15% de janeiro até hoje. Assim ficamos muito mal nestas olimpíadas financeiras.

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