Após longas negociações, assembleias definem reajuste salarial dos metalúrgicos de Brusque e Guabiruba

Sintimmmeb garante manutenção de direitos e conquista aumento real

Após longas negociações, assembleias definem reajuste salarial dos metalúrgicos de Brusque e Guabiruba

Sintimmmeb garante manutenção de direitos e conquista aumento real

Após um processo de negociação intenso e desafiador, os trabalhadores metalúrgicos de Brusque e Guabiruba definiram, em assembleias realizadas neste sábado, 31, a proposta da Campanha Salarial 2025/2026. A decisão foi tomada após debates que refletiram a preocupação da categoria com o andamento das negociações e a preservação dos seus direitos.

As assembleias ocorreram em dois momentos: às 14h30 no Auditório do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e do Material Elétrico de Brusque (Sintimmeb) e às 16h30 na sede recreativa do sindicato, em Guabiruba. Em ambas, os trabalhadores deixaram claro que a valorização da mão de obra e a manutenção das conquistas históricas eram prioridades que não poderiam ser deixadas de lado.

Sintimmmeb/Divulgação

Durante o processo, foram apresentadas propostas que geraram apreensão aos profissionais, especialmente em relação a algumas cláusulas sociais da Convenção Coletiva. Pontos como a possibilidade de restringir o auxílio medicamento para as esposas dos trabalhadores, alterações na dispensa do aviso prévio (hoje garantida em casos como novo emprego ou abertura de empresa) e mudanças no processo de negociação das permutas de dias de trabalho, foram motivo de preocupação por parte dos trabalhadores e do sindicato.

“Sabemos que o reajuste poderia ser ainda maior, diante do crescimento da indústria. Mas, dentro do cenário colocado, conseguimos assegurar um ganho real e, principalmente, impedir qualquer retrocesso nos direitos da categoria”, afirmou o presidente do Sintimmmeb, Eduardo de Souza.

Outro fator que trouxe tensão às negociações foi a inclusão, por parte do sindicato patronal, de um comunicado que previa a suspensão dos benefícios da Convenção Coletiva a partir de 1º de junho, caso não houvesse acordo. A medida fugiu do entendimento tradicional entre as partes, já que, historicamente, as cláusulas são mantidas até a conclusão das negociações.

“Chegamos a um momento delicado, em que era necessário tomar decisões firmes. Mas, com a força da mobilização, conseguimos construir um acordo que preserva nossos direitos”, reforçou Eduardo.

O que foi conquistado na mesa de negociação: 

  • Piso salarial de R$ 2.220,00 (11% de reajuste)
  • Prêmio de assiduidade de R$ 360,00 (14,8% de aumento)
  • Assistência social (plano de saúde) reajustada para R$ 233,76 (5,32%)
  • Reajuste geral de 6,35% para salários acima do piso, com aumento real de 1,03%
  • Manutenção integral de todas as cláusulas sociais e econômicas da Convenção Coletiva, incluindo auxílio medicamento, plano de saúde para os dependentes e dispensa do aviso prévio mediante comprovação de novo emprego.
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