Audiência pública debate crise no setor têxtil em Brusque

Empresários e representantes de órgãos públicos se reuniram nesta quarta-feira, 25, na Câmara de Vereadores

Audiência pública debate crise no setor têxtil em Brusque

Empresários e representantes de órgãos públicos se reuniram nesta quarta-feira, 25, na Câmara de Vereadores

Lideranças empresariais, sindicalistas e representantes do poder público municipal e estadual de Brusque se reuniram ontem à noite, no plenário da Câmara de Vereadores, para discutir a situação econômica do setor têxtil no município. O tema central dos debates foi a crise econômica que assola o segmento há longos anos.

Esta é a terceira de uma série de audiências que vem sendo realizada anualmente no Legislativo brusquense, e serviu também para debater alternativas para melhorar a posição econômica do setor têxtil.

O primeiro a se manifestar foi o superintendente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit) em Santa Catarina, Fernando Pimentel, o qual não vê bons prognósticos para o setor. “Não tenho nenhuma palavra de alento sobre a perspectiva macroeconômica”, disse, alertando sobre o papel do governo em ajudar o empresariado. Pimentel citou como exemplo o ajuste fiscal do governo federal, o qual, para ele, tem recaído apenas sobre a iniciativa privada. “Não concordamos com a visão de que não é possível colocar mais peso no setor público”.

O dirigente citou como um dos motivos para a crise no setor o preço da energia elétrica. “Temos a terceira energia elétrica mais cara do mundo, e isso está matando o setor de fiação. Como vai ser competitivo tendo que pagar isso?”.

Pimentel defendeu que o governo seja mais enérgico nas medidas de apoio ao setor têxtil, e leve adiante medidas como a revisão da carga tributária, no sentido de aumentar a competitividade das empresas. Ele ressaltou, porém, que o momento do câmbio é favorável à exportação, medida que deve ser buscada pelos empresários.

“Com isso, teríamos como compensar essa trava na demanda doméstica que estamos vivendo este ano e certamente vamos viver no ano que vem, a julgar pelo que vemos hoje. Vamos ter que exportar mais”, concluiu.

Também presente à audiência pública, o deputado estadual Jean Kuhlmann (PSD), da frente parlamentar de apoio ao setor têxtil da Assembleia Legislativa, destacou que no estado estão implantados todos os elos da cadeia produtiva do setor têxtil. Na assembleia, diz ele, é discutido o papel do estado para ajudar o setor, mesmo que com pequenas medidas.

“Não podemos, por exemplo, reduzir o valor da taxa de licenciamento ambiental para as empresas têxteis, mas podemos fazer com que não tenha validade apenas por quatro anos, mas por seis ou oito”, disse o deputado. “Pode haver muitas ações práticas, que se outros estados também fizerem dessa forma, vamos fortalecer o setor têxtil”, afirmou, admitindo que a maior parte do poder está nas mãos do governo federal, como a redução da carga tributária, por exemplo.

>> Confira a matéria completa na edição impressa do jornal Município Dia a Dia desta quinta-feira, 25

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