Alguns seres humanos que passam por esse mundo são donos de histórias inspiradoras a ponto de arrepiar. Mahatma Gandhi, Martin Luther King, Dalai Lama, Nelson Mandela são alguns nomes dessas grandes personalidades que sacrificaram suas vidas em nome da liberdade. A talvez menos conhecida Aung San Suu Kyi, ganhadora do Prêmio Nobel da Paz de 1991, tem uma história tão impressionante quanto.

Considerado um herói nacional no Myanmar, seu pai, Aung San foi assassinado logo após conquistar a independência do país, quando ela tinha apenas 2 anos.. Em 1962 o país sofreu um golpe de estado e passou a ser controlado por uma inescrupulosa ditadura militar.

Aung San Suu Kyi vivia em Londres desde o início de sua juventude e decidiu voltar ao Myanmar em 1988 para cuidar de sua mãe, que se encontrava doente. Logo após a sua chegada ao país, ela assistiu ao massacre de mais de 5 mil estudantes que protestavam em prol da democracia. Não tardou para que a filha do antigo herói nacional se engajasse no movimento e se tornasse um dos símbolos da luta democrática no país.

Aung San Suu Kyi 2

A partir daí ela encabeça uma história de resistência impressionante. Suu Kyi ficou em prisão domiciliar por mais de 20 anos! A ela coube decidir entre ficar no Myanmar e ajudar a libertar seu povo, ou voltar para Inglaterra e ficar ao lado de sua família. Não sem sofrimento, ela ficou. Não viu seus filhos crescerem e nem pode segurar a mão do seu marido quando ele foi diagnosticado com câncer terminal. Sem se deixar abalar pela dificuldade da situação e por todo o risco de enfrentar uma ditadura tão cruel quanto a que enfrentava, Suu Kyi aguentou todos esses anos em reclusão. Por fim, ela venceu. Em 2015 houve uma eleição no país e foi uma vitória esmagadora do seu partido.

Pra quem ficou curioso e quer conhecer detalhes dessa trajetória brilhante, é possível encontrar um livro de sua biografia. O filme Além da liberdade (em inglês The Lady) retrata sua história no cinema. Vale a pena conferir! Ele está disponível no Netflix.

 

Mariana Imhof – economista