Bancários de Brusque e região entram em greve a partir desta terça-feira, 6

Categoria reivindica aumento e melhores condições de trabalho

Bancários de Brusque e região entram em greve a partir desta terça-feira, 6

Categoria reivindica aumento e melhores condições de trabalho

Os bancários de Brusque e região entrarão em greve a partir de amanhã por tempo indeterminado. O Comando Nacional dos Bancários aprovou a paralisação na semana passada. Eles reivindicam aumento real nos salários, a instituição de um piso nacional e melhores condições de trabalho.

O Sindicato dos Estabelecimentos Bancários de Brusque e Região (Seeb) também já realizou assembleia, na qual aprovou o indicativo de greve, semana passada. Apesar disso, serão feitas novas reuniões nos municípios, hoje à noite e amanhã de manhã, para deliberar sobre a paralisação.

O presidente do Seeb, Mário Dada, afirma que, a princípio, a paralisação deve abranger todo o sistema bancário, tanto bancos privados quanto estatais (Caixa Econômica e Banco do Brasil). Entretanto, a confirmação de quais agências terão adesão à greve só virá amanhã no horário bancário.

Um ponto a ser observado, diz Dada, é que, em alguns casos, mesmo com gente trabalhando, as agências não poderão funcionar plenamente. O problema é que elas dependem dos departamentos regionais, que ficam em Blumenau e outras cidades, onde, a princípio, haverá a greve.
Além disso, não se sabe se haverá dinheiro nos bancos, uma vez que o contingente de atendentes deverá estar de braços cruzados.

Reivindicações

A pauta de reivindicações dos bancários é longa e tem vários itens repetidos de outros anos. O presidente do Seeb explica que eles pedem a inflação dos últimos 12 meses, que foi de 9,57%, mais um ganho real de 5%, somando 14,57% de reajuste.

A categoria também reivindica, há anos, a criação de um piso nacional dos bancários. Hoje, o piso é regional e variável. O valor médio é de R$ 1,7 mil. Eles querem que seja adotado o salário indicado pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) – que é de R$ 3,9 mil.

“E queremos mais bancários, menos filas”, diz o presidente do Seeb. A categoria reclama que os bancos mantêm um número muito pequeno de funcionários, que ficam sobrecarregados e não conseguem atender os clientes a contento.

“A nossa pauta é longa, tem mais de 100 cláusulas”, afirma Dada. Dentre os vários pontos, eles são contra as terceirizações e pedem o fim das demissões e da rotatividade.

No ano passado, a greve começou no dia 6 de outubro e foi até dia 27. A adesão foi baixa, somente o Banco do Brasil e a Caixa Econômica tiveram o atendimento prejudicado.

Proposta dos bancos

A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) propôs reajuste de 6,5% sobre os salários, a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e os auxílios refeição, alimentação, creche, e abono de R$ 3 mil. Os trabalhadores recusaram, sob o argumento de que o valor fica abaixo da inflação e representa perda.

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