Todas as fotos do especial estão disponíveis com recurso especial: uma ferramenta que possibilita comparar em detalhes as mudanças de cenário, com a foto atual sobreposta à antiga. Basta clicar ou tocar no centro da foto e arrastar a seta à direita ou à esquerda, como na imagem a seguir. Para ler a legenda, basta clicar na caixinha dourada abaixo de cada foto.
Centro de Brusque em 1949. Possivelmente um dos últimos registros da área central com o Palacete de Carlos Renaux, já que o belo casarão, construído no fim do século XIX, foi demolido entre os meses de março e agosto daquele ano, para dar lugar à praça. Da imagem, restam apenas a Igreja Luterana e o prédio do antigo Hotel Schneider.
Avenida Cônsul Carlos Renaux nos anos 60. Na imagem, é possível identificar o Hotel Gracher – hoje com alguns andares a mais – e a rua principal já com paralelepípedos. Chama a atenção a tranquilidade e o número de bicicletas paradas próximas ao meio-fio.
Sede social, campo e arquibancadas do Clube Esportivo Paysandu, em 1950. Na imagem, vemos o campo do Alviverde da Pedro Werner em seu formato original, bem como a antiga arquibancada de madeira. Ele foi invertido em 1968, passando a ser paralelo à avenida Getúlio Vargas, como se encontra na atualidade. A construção da nova e grandiosa sede do clube iniciou em outubro de 1943 e foi inaugurada no fim de 1949. No terreno triangular ao lado do clube, esporadicamente, se instalavam grupos ciganos ou companhias circenses. São poucas as construções daquela época que ainda permanecem nesta região. Entre elas, destaque para pequeno prédio da esquina, em formato triangular, onde há décadas está instalado um armazém administrado pela família Sassi, o qual conserva suas características originais.
A estradinha de chão batido registrada pelas lentes do fotógrafo Erico Zendron, em 1954, dá lugar ao que hoje conhecemos como a rua Sete de Setembro, no bairro Santa Rita. No lado direito, é possível ver o prédio da antiga Conservas Stein, localizado onde hoje está o supermercado O Barateiro. Uma das mudanças mais impactantes dessa região foi no leito do Itajaí-Mirim, que no seu curso natural, passava muito próximo da estrada. Agora, o rio está a cerca de 500 metros do local. Em seu lugar, um grande aterro e estabelecimentos comerciais.
Assim era Brusque nos primeiros meses de 1951, já sem o Palacete Renaux, demolido junto a outras edificações para possibilitar a criação de espaço púbico no coração da cidade. Denominada inicialmente Praça Salgado Filho, foi inaugurada em 1º de maio deste mesmo ano, junto à estátua do grande benfeitor, Cônsul Carlos Renaux. Os automóveis que aparecem à esquerda eram carros de aluguel e ficavam estacionados em frente à antiga prefeitura. Hoje, grandes árvores escondem os prédios ao fundo e ocupam a maior parte da praça Barão de Schneeburg – nome atual – que aguarda revitalização. A igreja luterana, construída em 1895 e ampliada em 1942, do alto da colina assiste às muitas transformações pelas quais a área central atravessa.
Visão da sacada do Palacete Renaux para a rua Conselheiro Willerding, atual Conselheiro Rui Barbosa. O registro é de 1916. Em primeiro plano, ao centro da imagem, pode-se ver Joana – estátua comemorativa aos 50 anos de fundação de Brusque, presente de Carlos Renaux ao município. A estátua, décadas mais tarde, foi realocada para próximo da ponte e, agora, está em frente à Casa de Brusque, na avenida Otto Renaux. É muito provável que a foto antiga tivesse sido captada em um domingo, após a missa, pois as pessoas vestem belos trajes e caminham sem pressa pelas calçadas e ruas.
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