Brusque assina com a Libra e recebe adiantamento de R$ 3 milhões

Porcentagem dos direitos comerciais a ser vendida não está definida

Brusque assina com a Libra e recebe adiantamento de R$ 3 milhões

Porcentagem dos direitos comerciais a ser vendida não está definida

O Brusque assinou, nesta sexta-feira, 12, os contratos para integrar a Liga do Futebol Brasileiro (Libra) e, posteriormente, vender parte dos seus direitos comerciais e de TV a partir de 2025. Há, a princípio, duas possibilidades: vender 10% por R$ 11,25 milhões ou 20% por R$ 22,5 milhões, a depender das negociações entre a Libra e o grupo de investidores Mubadala. O clube já receberá um adiantamento de R$ 3 milhões pelo fechamento do acordo, e um comunicado oficial sobre o assunto deve ser emitido até quarta-feira, 17.

Os R$ 3 milhões de adiantamento serão utilizados, principalmente, para quitar as pendências de 2023. Sem patrocinador máster ao longo de todo o primeiro semestre, o clube teve dificuldades financeiras e chegou a atrasar salários na reta final da Série C. Foi necessário recorrer a empréstimos.

“Foi um ano muito difícil para o Brusque. Ficamos sem caixa, tivemos que recorrer a bancos, empresários amigos nossos. E uma parte vai para isto aí, obviamente”, comentou o presidente quadricolor, Danilo Rezini, na manhã desta terça-feira, 16.

O dirigente relata que a negociação para definir qual porcentagem será vendida é entre a Libra e o grupo Mubadala, e que os trâmites podem se estender.

“Isto [venda de 10% ou 20%] vai acontecer no decorrer das negociações da Libra com o investidor. Hoje, o que temos nas mãos são os R$ 3 milhões que eles repassam ao Brusque como sinal de garantia de negócio. (…) Então agora é aguardar toda a negociação com a Libra junto ao investidor. Pode demorar seis meses, um ano, enfim. Mas temos esta garantia”.

Com os valores que o clube espera receber, ainda sem previsão, Rezini acredita que finalmente será possível construir um estádio próprio do clube, com capacidade para 6 mil pessoas (o mínimo exigido no Brasileiro Série B) e espaço para expansão. O Brusque tem à disposição um terreno de 72 mil metros quadrados na chamada estrada da Fazenda, no bairro Volta Grande. A área foi oficialmente concedida ao clube pela Prefeitura de Brusque por 20 anos, renováveis por mais 20.

“O objetivo principal desta verba, assim que chegar, é investir na arena do Brusque Futebol Clube e também no CT”, afirma Rezini.

A venda dos direitos comerciais e de TV serão referentes a um período de 50 anos, começando em 2025. Ou seja, a partir de então, valores recebidos pelo Brusque de cotas de TV do Campeonato Brasileiro terão, nos próximos 50 anos, dedução da porcentagem que o clube vender.

Troca de grupo

Com a assinatura dos contratos com a Libra, o Brusque completa a mudança de um grupo comercial para outro. O clube foi um dos fundadores da Liga Forte União (antiga Liga Forte Futebol), mas decidiu não sacramentar o negócio. Quando os contratos começaram a ser assinados pelos clubes, o quadricolor havia acabado de conquistar o acesso à Série B, e buscava valores na casa dos R$ 20 milhões. Dos acordos envolvendo a LFU, a venda de 20% dos direitos televisivos teria rendido R$ 4 milhões ao clube, mais R$ 3 milhões pelo acesso à Série B.

Colaborou: Vitor Souza


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