Brusque é a nona cidade de SC que mais registrou casos de varíola dos macacos
Diretora de Vigilância em Saúde de Brusque considera a situação controlada no município
Diretora de Vigilância em Saúde de Brusque considera a situação controlada no município
Um relatório do governo de Santa Catarina mostra que Brusque foi a nona cidade do estado que mais registrou casos de varíola dos macacos, mesmo com apenas dez casos confirmados. Os dados foram contabilizados até o dia 8 de agosto.
Florianópolis aparece no topo da lista, com 178 casos confirmados, o triplo de registros da cidade seguinte que consta no “ranking”. Balneário Camboriú registrou 59 casos. São José é a terceira cidade da lista, com 39 casos.
De acordo com a diretora de Vigilância em Saúde, Caroline Maçaneiro, a varíola dos macacos é considerada controlada em Brusque. Não houve notificações recentes de novos casos. Ela detalha os procedimentos quando há novas confirmações.
“Trabalhamos em cima dos casos que chegam para nós, a partir da orientação. Hoje temos também à disposição uma vacina para os casos confirmados. A questão da orientação para segurar a transmissão inicia quando há um caso positivo”, diz.
Apesar do controle da situação, Caroline diz que a Vigilância em Saúde mantém o monitoramento da varíola dos macacos, independentemente se há aumento ou não de casos da doença em Santa Catarina e no Brasil.
“Por parte da Vigilância, sempre seguimos monitoramos e ficamos atentos em relação a novos casos. Qualquer suspeita, fizemos um estudo para saber se o paciente teve contato com alguém que testou positivo para agirmos rápido”.
O primeiro morador de Brusque com diagnóstico confirmado de varíola dos macacos foi Samuel Hodecker. Ele procurou atendimento após ter contato com uma pessoa que testou positivo para a doença em São Paulo. O caso foi registrado no dia 30 de julho de 2022.
A varíola dos macacos é a doença transmitida pelo vírus monkeypox. Apesar do nome sugerir, a varíola dos macacos e os primatas não possuem correlação. Inclusive, houve um movimento para “renomear” a varíola dos macacos.
Os dados do governo catarinense ainda mostram que mais de 2.485 notificações foram registradas no estado, sendo 471 casos confirmados da doença. Outros 1.923 foram descartados, 41 classificados como prováveis e 10 como suspeitos.
A maioria dos casos foram registrados no ano passado, em período de proliferação excessiva do vírus. Neste ano, Santa Catarina teve 29 casos confirmados.
O período de aumento expressivo de novos casos foi entre a metade de julho e o final de agosto do ano passado. Em seguida, houve uma queda, até um novo aumento ser registrado entre os últimos dias de agosto e a metade de setembro.
Os dados por faixa etária mostram que pessoas entre 30 e 39 anos foram o público mais atingido pela varíola dos macacos. Trata-se de 205 casos desta faixa etária. Em seguida, vem as pessoas entre 20 e 29 anos, com 167 confirmações da doença.
Os demais públicos por faixa etária foram pouco atingidos. Houve, por exemplo, somente dois casos confirmados em idosos entre 60 e 69 anos. Seis casos foram registrados entre bebês e crianças entre 0 e 9 anos e dez casos entre o público de 10 a 19 anos.
A grande maioria dos casos foram registrados entre homens. O público masculino entre 20 e 39 anos representa 75% do total de casos confirmados. Apenas 4% das mulheres desta mesma faixa etária foram infectadas pela doença em relação ao total de casos.
A maioria dos sintomas foram lesões. Segundo os dados, 66,5% dos pacientes infectados registraram este sintoma. Febre e cefaleia aparecem em seguida nas estatísticas de sintomas, com 33,5% e 23,9%, respectivamente. Dor de garganta foi o sintoma menos registrado.
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