Brusque segue com muita dificuldade para atacar; portanto, não consegue evoluir

Enquanto defesa está entre as menos vazadas do Catarinense, equipe cria pouco na frente

Brusque segue com muita dificuldade para atacar; portanto, não consegue evoluir

Enquanto defesa está entre as menos vazadas do Catarinense, equipe cria pouco na frente

João Vítor Roberge

O Brusque mostrou, no empate em 1 a 1 com o Hercílio Luz neste domingo, 18, que a grande vitória sobre o Criciúma três dias antes foi muito mais um acidente de percurso, uma exceção que comprova a regra, e não necessariamente um progresso real e sustentável na equipe. Luizinho Lopes explicou bem sobre como o time se defendeu contra o Tigre, e é bom que a defesa esteja relativamente sólida. É a menos vazada do Catarinense, junto a Criciúma e Figueirense. O grande problema está do meio para a frente.

Quando o quadricolor começa a atacar, tem muita dificuldade. A equipe é lenta, previsível, errante. Não é como se impusesse grande volume de jogo, criasse diversas grandes chances, pecasse na finalização e tivesse resultados “injustos”. É esforço demais só para ameaçar a defesa de quem for. Há um deserto criativo.

Não à toa que, passadas nove rodadas, o artilheiro do Brusque é um lateral-direito, que saiu do banco em três dos cinco jogos em que atuou: Cristovam. Após o distante 3 a 1 sobre o Barra na estreia, e o início da crise, foram cinco gols: dois de Cristovam, originados de cruzamentos pela esquerda com Paulinho Moccelin; um golaço de Jhemerson, de falta; e os gols contra o Criciúma: um chute bonito e desviado de Rodolfo Potiguar, e o acaso do gol contra de Candelo.

Volta a questão da falta de opções no meio-campo. Nos últimos jogos, a maioria no banco de reservas era de atacantes. No Heriberto Hülse, dos nove reservas, havia quatro atacantes, entre o centroavante Guilherme Queiróz e os pontas Diego Tavares, Wellissol e Maycon Douglas. O volante Dionísio era o único jogador de meio-campo. Contra o Hercílio Luz, era a mesma quantidade de reservas, com as mesmas opções do meio para a frente.

Na defesa, o time não vai mal. Consegue se defender bem, teve uma atuação muito interessante contra o Criciúma. Tem bons zagueiros, bom goleiro. Até o momento, leva poucos gols, não perde de goleada. O problema não é vontade.

Nos últimos tempos, temos nos acostumado em ver o Brusque protagonizar grandes feitos, muitas vezes improváveis. Por isto, não é absurdo acreditar que o time pode sair da crise, melhorar, subir posições, disputar as quartas de final sob outro clima. Mas, neste primeiro mês de competição, não há muito mais do que lampejos de qualidade que ocorrem em meio a uma miséria criativa quando a bola passa da linha central.

Cartões

Paulinho Moccelin e Alex Ruan receberam cartões de forma estúpida. O caso de Moccelin foi o pior, indo peitar a arbitragem já estando no banco. Alex Ruan não deveria cair na pilha do adversário, sabendo que está pendurado. Dois momentos muito decepcionantes.

Contra o Avaí

O torcedor pode estar desconfiado de Patrick Machado, meia que chegou do Audax-RJ, lanterna do Campeonato Carioca. Claro, são necessários nomes mais experientes e pesados. Mas é um jogador que já demonstrou algumas boas coisas nos clubes pelos quais passou. E não é como se o Brusque pudesse recusar uma novidade neste momento.

Patrick é canhoto, tem drible e passe como características. Franzino, ágil, rápido, pode atuar na ponta, mas tem jogado como meia mesmo.

Talvez fosse interessante enfrentar o Avaí com Matheus Nogueira; Ronei, Ianson, Wallace, Luiz Henrique; Rodolfo Potiguar, Madison; Diego Tavares, Patrick Machado, Dentinho; Guilherme Queiróz. Aqui, opto por Ronei imaginando que poderia, fisicamente, defender melhor em duelos individuais contra Garcez, por exemplo.


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