Brusque sobe posições e mostra força na luta contra o rebaixamento
Com reforços recentes e menos falhas graves, quadricolor volta a pontuar e mira posições fora do Z-4
Com reforços recentes e menos falhas graves, quadricolor volta a pontuar e mira posições fora do Z-4
Desde que havia vencido o Paysandu, em 24 de julho, até a derrota para o Sport, o Brusque vinha apresentando desempenhos inconstantes, errantes, passando pelo baile diante do Guarani fora de casa, a atuação sem brilho contra o Coritiba e a sequência de falhas em Goiás. Nos últimos dois jogos, contra Sport e Paysandu, a impressão é de mais concentração, de um pouco mais de segurança, mesmo sem brilho algum.
E a esperança está também nos reforços trazidos. Foi demorado, mas o Brusque contratou nove jogadores na janela de transferências encerrada nesta segunda-feira, 2. Alguns são muito mais apostas para somar ao elenco em quantidade, mas outros acrescentam muito em qualidade.
É o caso dos uruguaios. Pollero não recebeu muito a bola em condições de finalizar, mas tem estado bem em campo, consegue reter a bola, dar sequência com passes, se posiciona bem. Uma pena que tenha saído com lesão muscular contra o Operário-PR, e tomara que não seja nada grave. Ocampo estreou muito bem e pede passagem no time titular, com bons passes e velocidade. Tato González deve estrear contra o Santos e contribuir muito para um meio-campo que, hoje, é pouco criativo.
A tabela é um tanto enganosa enquanto CRB, Botafogo-SP e Guarani têm jogos a menos. Há uma sequência muito dura agora, com adversários da parte de cima da tabela, antes dos confrontos diretos como mandante (de preferência, no Augusto Bauer). Mas com as escalações certas, a atitude certa e a concentração em dia, o Brusque terá força para competir e manter margens “seguras” na luta contra o rebaixamento.
Coincidências no Germano Krüger
A bola do jogo contra o Operário-PR caiu nos pés errados. Diego Tavares não se destaca por suas finalizações, mas sim pela velocidade e capacidade de chegar à linha de fundo e cruzar. Há um ano, no mesmíssimo Germano Krüger, o camisa 11 acreditou em uma bola perdida e sofreu o pênalti que rendeu o gol do acesso à Série B, marcado por Olávio.
Desta vez, o lance se desenhou de forma diferente. O goleiro Rafael Santos, em vez de sair do gol, tomou a decisão certa e esperou. O momento pedia finalização de qualidade, e o atacante do Brusque não esteve à altura da missão.
Por outro lado, acabou “repetindo” Fernandinho em 2022. Na 35ª rodada, no mesmo estádio, de frente para a mesma trave, o atacante não conseguiu driblar o goleiro e falhou na finalização. Há dois anos, a situação era ainda mais grave: o gol perdido aos 52 do segundo tempo definiu o empate sem gols, com o Brusque dependendo de um milagre, que não aconteceu, para se manter na Série B.
O Brusque soma 18 jogos consecutivos sem vitória como visitante, igualando o recorde de 1989. Na Série B, o quadricolor ainda não venceu, tem seis empates e sete derrotas, 10 gols marcados e 25 sofridos.
Por outro lado, como mandante, o Brusque tem quatro vitórias, cinco empates e duas derrotas na Série B. É um ponto a mais do que nos mesmos períodos de 2021 e 2022.
Desta forma, fica difícil atribuir a campanha na Série B ao fato de o quadricolor não jogar no Augusto Bauer. Isto não apaga a necessidade de voltar a jogar em Brusque, o fato é que a pontuação e os desempenhos do Brusque na casa dos adversários falam muito mais sobre o momento.
Platz foi a choperia mais popular de Brusque por anos: