Carlos Renaux cogita construir muro entre Augusto Bauer e prédio comercial
Com divisão física entre imóveis, clube quer liberar estádio definitivamente e solucionar impasse com a FCF
Com divisão física entre imóveis, clube quer liberar estádio definitivamente e solucionar impasse com a FCF
Está em debate no Carlos Renaux a construção de um muro entre o estádio Augusto Bauer e o prédio comercial BKR Park Mall. O objetivo do clube é materializar o limite entre os dois imóveis e solucionar o impasse com a Federação Catarinense de Futebol (FCF). Após a interdição imposta pelo Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol de Santa Catarina (TJDFut-SC) em 18 de março, o Renaux conseguiu uma liminar nesta segunda-feira, 31, liberando o estádio até que o processo seja finalizado.
A estrutura, se for de fato construída, terá cerca de 2,40 metros de altura, bloqueando parcialmente a visão das janelas do bar Na Cara do Gol, pivô da interdição do estádio. Desta forma, o Renaux espera que a Federação Catarinense de Futebol (FCF) entenda o estádio como um imóvel vizinho, a exemplo dos demais no entorno.
O recuo mínimo regulamentar da linha de fundo para jogos do Brusque e do Carlos Renaux é 3 metros. Um dos responsáveis pelo BKR Park Mall, o empresário Alex Buschirolli, tem relatado que a medida total da linha de fundo até a parede do prédio é de 3 metros, sendo que o limite entre os imóveis está localizado a 1,5 metro a partir da parede.
Contudo, há uma divergência, com a distância de fato entre a linha de fundo e o prédio sendo superior a 4 metros. EE em seu mandado de garantia, pedindo a liminar concedida nesta segunda-feira, 31, o Renaux argumenta alegando que o recuo é de 4,5 metros.
Os proprietários do prédio comercial não se opõem à construção. Contudo, o empresário Alex Buschirolli avalia que o muro diminuiria a área útil do acesso à arquibancada. Do outro lado, o clube entende que a construção do muro é uma solução viável para solucionar os problemas com a FCF.
As medidas determinadas pela FCF e citadas no processo contra o Brusque no TJD são as seguintes:
– A assinatura de um termo de cessão ou contrato de locação da faixa de 1,5 metro que pertence ao prédio comercial.
– O prédio, que não faz parte do imóvel do Augusto Bauer, precisa ser incluído à organização das partidas e aos serviços dos jogos oficiais. Os espectadores que entrarem no prédio precisarão pagar ingresso e ser incluídos no borderô oficial das partidas. Além disso, precisarão ser revistados por seguranças privados e policiais fardados da Polícia Militar, contratados pelo clube mandante. Um fiscal da FCF deverá ser escalado nas partidas para conferir o cumprimento das determinações.
– Placas de publicidade no prédio e no estádio terão de ser aprovadas pela Comissão de Marketing e Comercial da FCF em competições estaduais e pela CBF quando em competições nacionais.
– Adequações de segurança nas cabines de imprensa.
Os proprietários do prédio comercial em frente ao estádio elaboraram, na quinta-feira, 27, um termo de cessão da faixa de 1,5 metro a ser assinado pelo Carlos Renaux. Contudo, o clube não aceitou as condições.
O documento reserva a cessão apenas para partidas de futebol e inclui outras ressalvas. Não será permitido fazer qualquer tipo de obstrução de janelas, acessos e outras estruturas, nem pelo Carlos Renaux, nem por terceiros.
Consta no termo também que, em caso de necessidade de controle de acesso ao bar em dias de jogos, o prédio não irá se opor, desde que todo o custo seja arcado pelo Carlos Renaux ou locatários.
É prevista ainda multa de R$ 200 mil ao Carlos Renaux em caso de descumprimento das determinações do termo de cessão.
Velho Oeste Bar formou “família” de clientes e foi grande sucesso em Brusque nos anos 2000: