Casas são maioria entre domicílios de Brusque, mas futuro deve ser com mais apartamentos

Especialistas avaliam que processo de verticalização já ocorre em Brusque

Casas são maioria entre domicílios de Brusque, mas futuro deve ser com mais apartamentos

Especialistas avaliam que processo de verticalização já ocorre em Brusque

Novos dados do Censo 2022, divulgados no dia 23 de fevereiro, mostram que 73,39% dos 56.269 domicílios que existem em Brusque são casas, um total de 36.899. Há 12.765 apartamentos na cidade, o que representa um percentual de 25,39%. A tendência é que os apartamentos ganhem mais espaço no futuro.

Em Brusque, ainda são contabilizadas 490 casas de vila e/ou condomínios, 119 cortiços (habitações familiares alugadas e com pouca estrutura) e dois imóveis com estruturas degradadas ou inacabadas. O Censo 2022 aponta ainda que não há nenhuma maloca (cabana comunitária) em Brusque.

Apesar do alto número de casas que ainda existem em Brusque, especialistas creem que o percentual vai diminuir com o passar dos anos. A verticalização, ou seja, a construção de edifícios, é um processo que já ocorre no município.

O professor Marcelius Oliveira de Aguiar, coordenador do curso de Arquitetura e Urbanismo da Unifebe, afirma que o modelo vertical de cidade torna o custo com infraestrutura mais barato.

“A verticalização, em termos de infraestrutura, se torna mais barata. As cidades vão crescendo e os terrenos se tornam mais caros. A tendência, levando em consideração a especulação imobiliária, é aumentar a verticalização das cidades, com mais prédios”, avalia.

Há duas características que fazem com que o número de casas ainda seja predominante em Brusque: construções recentes e preferência. A avaliação parte da professora Vivian Siffert Wildner, coordenadora do curso de Engenharia Civil da Unifebe.

“Há 20 anos, tinham pouquíssimos prédios. Eram apenas prédios no Centro, praticamente. De cinco anos para cá, a quantidade de prédios cresceu nos bairros. A construção vertical é recente no município e pode ser este um dos motivos [do alto percentual de casas]. Outro motivo pode ser uma preferência cultural por morar em casas”, comenta.

Em Botuverá, o percentual de casas em relação ao total de domicílios chega a quase 100%. Dos 2.814 domicílios que há na cidade, 1.963 são casas, um percentual exato de 99,34%. Há apenas 13 apartamentos no município.

A característica é a mesma em Guabiruba. Os dados indicam que há 8.123 casas entre os 9.545 domicílios da cidade. O número equivale a 97,08%. Há 203 apartamentos, 39 casas de vila e/ou condomínios, uma estrutura degradada e/ou inacabada e um cortiço.

Marcelius aponta que, em determinadas regiões, as casas podem não suprir as demandas. Ele e Vivian mencionam as construções recentes de vários prédios ao redor da Unifebe. Para os professores, a chegada do curso de Medicina em Brusque resultou nos novos edifícios.

“Quando comecei a trabalhar na Unifebe, tinham somente dois prédios próximos. Quando o curso de Medicina foi aprovado, vários construtores vieram [para a região do campus]. O estudante vai alugar um apartamento ou comprar, pois são seis anos. Se fosse para construir casas, não daria para absorver toda essa população que vem para cá”.

A segurança é outro fator que, conforme Marcelius, contribui para a maior procura pelos apartamentos. Ele exemplifica que, se o morador vive em um prédio, é muito mais difícil sofrer um assalto. O professor acredita que até os idosos devem adotar este tipo de residência.

Catarinenses “nas alturas”

Quatro municípios catarinenses aparecem entre as dez cidades do Brasil com maior percentual de apartamentos. Balneário Camboriú, no litoral catarinense, está em segundo no ranking. A cidade, que possui diversos arranha-céus, só perde para Santos (SP). São José, na Grande Florianópolis; Itapema, no litoral; e Florianópolis também aparecem entre os dez.

O número de habitantes de Brusque e de Balneário Camboriú é parecido. No entanto, a quantidade de domicílios na cidade litorânea é muito superior. São 86.336 domicílios e, deste total, 63,35% são apartamentos.

Em Santos, líder do ranking, o percentual deste tipo de moradia chega a 67,11%. Dados gerais, que consideram todo o Brasil, mostram que 82,32% dos domicílios do país são casas, e outros 14,86%, apartamentos. Em Santa Catarina, 77,18% do total de domicílios são casas, e 21,79%, apartamentos.


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