Caso Laser Fast: clientes de Brusque seguem sem resposta da empresa após um mês de reabertura anunciada

Relatos sobre situações parecidas se multiplicam pelo país

Caso Laser Fast: clientes de Brusque seguem sem resposta da empresa após um mês de reabertura anunciada

Relatos sobre situações parecidas se multiplicam pelo país

Mais de um mês após a data informada pela Laser Fast para reabertura em Brusque, clientes seguem tendo problemas para contactar a empresa.

A empresa de depilação a laser atendeu até o fim do ano passado em um endereço no Centro, na avenida Otto Renaux, antes de fechar as portas. Desde então, vários clientes entraram em contato com o jornal O Município, se manifestaram nas redes sociais da empresa e também entraram com processos contra a Laser Fast por dificuldades de comunicação, temendo terem sido vítimas de golpe.

Em contato com a reportagem no fim de janeiro, a Laser Fast afirmou que reabriria em novo local, na rua Pedro Werner, em 5 de fevereiro. As reclamações, porém, persistem.

Relatos de clientes

Uma cliente relatou ao jornal O Município que tentou contato várias vezes, sem sucesso, até que, após ela ameaçar realizar boletim de ocorrência, alguém da empresa ofereceu a ela para fazer as sessões em cidades vizinhas ou cancelar o procedimento através de um número 0800.

A cliente já havia feito quatro das dez sessões de depilação, mas não conseguiu concluir as seis restantes, mesmo após agendar. A última sessão, marcada para fevereiro, foi cancelada devido à falta de energia, e desde então ela não recebeu mais retornos da clínica.

Outra cliente relata que fechou um pacote de serviços com a Laser Fast no ano passado e, após a mudança de endereço no final do ano, conseguiu realizar apenas uma sessão. Desde então, tentou diversas vezes entrar em contato com a empresa, por meio de mensagens no Instagram, WhatsApp e ligações, sem sucesso.

Mesmo com a falta de atendimento, a cobrança continua sendo descontada de seu cartão de crédito mensalmente. Após ver uma reportagem no jornal sobre a empresa e a resposta dada por ela, a cliente decidiu procurar o Procon e registrar um boletim de ocorrência devido à falta de respostas e soluções.

Uma terceira cliente contou que contratou um pacote com a Laser Fast em maio do ano passado, mas, após realizar apenas duas sessões, descobriu que estava grávida e precisou pausar o tratamento temporariamente.

Neste ano, ao ser informada por amigas e por uma reportagem do jornal sobre o fechamento de filiais da empresa, ela percebeu que a clínica havia encerrado suas atividades sem aviso. A cliente tentou contato diversas vezes, sem retorno, e continua sendo cobrada. Ela afirma estar providenciando um processo com um advogado do Rio Grande do Sul, que já moveu várias ações contra a empresa pelo país.

“O pior é que criaram plano vitalício, o qual achei vantajoso, e assim o rombo no bolso acabou sendo maior. Tentei diversas vezes por mensagem e ligação, mas sem sucesso. Fui no novo endereço pois eles disseram que não iriam fechar e não encontrei ninguém”.

Ações por todo o país

O advogado citado pela cliente de Brusque, Márcio da Rocha Tubino, relata que centenas de funcionários e milhares de clientes pelo Brasil protocolaram ações contra a empresa.

“É uma situação nacional, tenho processos em quase todo o país contra essa empresa. São funcionárias sem receber verbas, FGTS, INSS. As que ainda estão na ativa, sem salário, 13º parcelado, etc.”, conta. “Clientes compraram planos, inclusive vitalícios, e a empresa fechou as unidades sem continuar os tratamentos estéticos e não estornaram os cartões, não atendem”, completa.

Casos parecidos com o de Brusque foram relatados pela imprensa em diversos locais do país. Em janeiro deste ano, a TV Tem, afiliada da Rede Globo no interior do estado de São Paulo, e o G1 veicularam reportagens relatando que a empresa tinha mais de 2 mil reclamações no Procon e fechou, deixando consumidores no prejuízo na cidade de Bauru.

Reportagem do G1 trouxe relatos de clientes do interior de SP | Foto: Reprodução

Casos semelhantes ainda foram registrados pela imprensa em Patos (PB) e Ourinhos (SP), em fevereiro, em Assis (SP), em janeiro, em Campina Grande (PB), em julho de 2024, e em Jataí e Rio Verde (GO), em agosto do ano passado.

A reportagem tentou contato com a empresa por diversos meios, mas não obteve resposta até a publicação.


Assista agora mesmo!

Kai-Fáh: Luciano Hang foi dono de bar em Brusque, onde conheceu sua esposa:


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