Cego fica ferido ao cair em buraco no Centro de Brusque

Sidnei Pavesi caiu em frente ao estacionamento HM na tarde desta sexta-feira, 26; empresa foi notificada

Cego fica ferido ao cair em buraco no Centro de Brusque

Sidnei Pavesi caiu em frente ao estacionamento HM na tarde desta sexta-feira, 26; empresa foi notificada

A não finalização de um serviço de fiação telefônica da OI foi responsável por ocasionar a queda do deficiente visual Sidnei Pavesi, por volta das 13h20 desta sexta-feira, 26, na rua Rodrigues Alves, no Centro, em frente ao estacionamento HM.

Pavesi havia saído com o seu cão-guia Braille da Central de Atendimento da Pessoa com Deficiência, na Praça da Cidadania, e seguia para o Blucredi para fazer serviços de banco. O local já era rotina para ele. No entanto, ao passar pela calçada do estacionamento, Braille diminuiu o passo e deu uma paradinha. Por conhecer o local, Pavesi deu o comando “Seguir em frente” para o cão continuar, e neste instante Braille deu mais dois passos e o dono caiu no buraco.

Por sorte, Pavesi teve apenas arranhões na perna e dor no tornozelo.

Assim que conseguiu ficar em pé novamente, ele chamou o fiscal do Institutio Brusquense de Planejamento (Ibplan) para que notificasse os responsáveis pela calçada.

Responsabilidade

Há mais de uma semana a OI fez um buraco na calçada e não fechou. No entanto, a responsabilidade da área é do proprietário do estacionamento, que deveria ter exigido a finalização do serviço da telefonia o quanto antes e não o fez.

O fiscal da prefeitura, Marcelo Vargas, notificou o funcionário do local, Rodrigo da Silva, que provisoriamente solucionou o problema. No momento, ele colocou um cone antes do buraco com o intuito de sinalizar as pessoas e durante essa tarde se comprometeu a criar uma medida mais elaborada, como, por exemplo, fazer uma cobertura com madeira no buraco.

“Nós ligamos para a OI e eles falaram que viriam fechar o buraco, mas até hoje não vieram”, diz Silva.

Porém, Vargas afirma que a responsabilidade é do dono do estacionamento, que deveria criar mecanismo para resolver o problema. “Eles deveriam ter sinalizado de alguma maneira. Agora estão sendo notificados e devem resolver o problema imediatamente”.

Para Pavesi, o fato serve de alerta para que os proprietários de calçadas saibam de suas obrigações legais. Ele afirma que é preciso mudar o pensamento das pessoas e criar mais senso de coletividade.

Pavesi ainda defende o cão, que tentou lhe avisar, mas exatamente pro conhecer o local, acreditou que não fosse nada. “Não foi falha do Braille, agora o que a empresa deveria ter feito era ter colocado uma sinalização qualquer para avisar as pessoas que passam pela calçada”.

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