Chegou o momento da despedida
Sim, chegou o momento de dizer adeus. Este é último artigo ou crônica ou, como prefere o próprio jornal, coluna. Não tenho a data dos primeiros artigos que publiquei, neste espaço jornalístico. Mas suponho que tenha sido meados da década de 1980. Portanto, creio que chega perto de 2000 artigos publicados, neste jornal.
Sabendo que meus leitores e leitoras eram bastante diversificados, desde adolescentes até pessoas mais idosos, pessoas simples e pessoas mais letradas, ofereci sempre temas bem variados. Por isso a diversidade da temática é bastante grande. Em minhas publicações, há temas filosóficos, teológicos, sociológicos, históricos, de comportamento social, de fatos, de análise de acontecimentos, espirituais, etc.
Por muito tempo fui professor de filosofia. Nessa missão, minha ocupação foi sempre ajudar a refletir sobre a realidade que nos cerca. Por isso, meu modo de expor também é bastante diversificado, às vezes um pouco mais elevado, outras vezes mais simples. Mas meu estilo é sempre muito direto e muito coloquial. Sempre tentei estabelecer uma conversa entre duas pessoas que se querem bem, entre duas pessoas que querem refletir sobre a realidade que nos cerca.
Por isso, dificilmente uso palavras rebuscadas em minhas publicações. Também fui sempre zeloso na observância dos valores humanos, e, sobretudo, valores cristãos que brotam da Boa Nova do Reino de Deus. Essa foi uma ocupação constante. Falar de ideias, falar e refletir sobre valores. Por isso, dificilmente vão encontrar alguma coisa que seja diretamente ofensiva às pessoas. Sempre tentei respeitar a dignidade e o valor de cada pessoa.
Gostaria muito que a pessoa que vai continuar a escrever neste espaço jornalístico também continuasse a servir-se dos mesmos valores tendo sempre presente respeito e a dignidade da pessoa humana. Promovendo sempre a vida, a justiça, a verdade e o amor, sem exclusão de pessoas.
Porque é essa a grande tarefa, de certa forma, da própria filosofia. Lidar com pessoas é lidar com ideias, com valores, que possam contribuir para construir uma vida que valha a pena ser vivida. Se por acaso alguma vez ofendi alguém, talvez tenha sido por causa da maneira de me expressar não bem adequada. Ou, talvez o próprio leitor e a leitora tenham se equivocado em interpretar aquilo que eu tentei comunicar por minhas palavras. Sabendo que as palavras sempre são traidoras, porque nem sempre todas as pessoas as compreendem do mesmo jeito, com o mesmo conteúdo, o mesmo significado. Se por acaso ofendi, com muita humildade e sinceridade, peço também humildemente perdão, para que nada fique que possa ser prejudicial para alguém.
No meu modo de falar e de escrever, sempre tentei colocar a vida em primeiro lugar, e sobretudo a vida humana. Porque é um grande dom que recebemos de Deus e certamente um dia temos que dar conta desse dom. Por isso sempre prezei, amei e sempre também valorizei a vida desde a sua concepção até o seu fim natural.
Que Deus, na sua bondade e na sua misericórdia, ajude a todos nós a viver essa vida do melhor modo possível. Por isso, caro leitor, estimada leitora, agradeço de coração ter me acompanhado nessas minhas publicações, nesse espaço jornalístico, que de fato possa ser uma contribuição para a sua vida, para a vida, quem sabe, da sua família e dos seus ambientes que você frequenta. Muito agradecido pela sua colaboração em prestigiar então as minhas publicações.
O jornal teve proprietários diferentes, direção diferente, redatores diferentes, mas em nenhum momento fui cerceado em minha liberdade de escrever, de se expressar as minhas ideias e meus valores. Agradeço este respeito a liberdade de expressão. Que Deus abençoe sempre esta empresa.
Sou grato a Deus por ter tido essa oportunidade por muitos anos de partilhar um pouco da minha vida, dos meus dons com você, caro amigo, irmão, leitor e leitora. Desejo a você tudo de bom para a sua vida e para a vida da sua família. Amém!