Por que de todas essas chuvas de verão estarem mais severas com nossa região? E, por outro lado, já me vinha uma resposta: mudanças climáticas. Não quero vir aqui e falar sobre aquecimento global, efeito estufa, derretimento de geleiras e aquela coisa toda. Isso acaba se tornando muito abstrato. As mudanças climáticas estão acontecendo no nosso dia a dia, e a chuva só chamou mais a atenção pois está causando mais estragos. Se pararmos para pensar, estamos sentindo-as, reclamando delas, porém sem percebê-las: é só reparar como o inverno e o verão foram rigorosos conosco em 2017 (e como comentamos isso uns com os outros). O nosso mundo é basicamente um grande sistema, ele “se equilibra”, ou seja, às vezes o desmatamento desenfreado de outras cidades, estados ou até mesmo países pode trazer consequências para perto de nós. Já passou (há muito tempo) da hora de tomarmos consciência disso.
E nós não precisamos nos tornar ativistas para causar mudança. Uma simples assinatura em alguma petição online (pode parecer bobo) mas já é uma ajuda. Juntar-se aos movimentos como, por exemplo, o da “segunda sem carne”, que visa diminuir os impactos que a indústria da pecuária gera em nosso planeta, também é uma ação simples e bem-vinda. Inclusive, neste momento, há uma petição do movimento Avaaz (que já obteve mais de 500 mil assinaturas) para que as pessoas se comprometam a diminuir seu consumo de carne.
De acordo com este movimento, cada indivíduo que deixa de comer carne em um dia por semana “economiza” a emissão de 300 kg de gás carbônico na atmosfera anualmente. Pequenas alterações no dia a dia individual que fazem a grande diferença para o coletivo.
Não pode ser considerado normal que, em uma cidade como Brusque, o volume esperado de chuva para um mês inteiro caia em uma semana. Vamos refletir mais. Uma frase muito clichê, mas que tem que ser frisada: o planeta pede socorro.
Heloisa Wilbert Schlindwein – universitária
