Luizinho Lopes explica mudança tática no Brusque e reafirma confiança: “A gente não pode desistir. Não pode desanimar”

Treinador celebra vitória sobre o Criciúma, líder do Catarinense, que até então tinha 100% de aproveitamento em casa

Luizinho Lopes explica mudança tática no Brusque e reafirma confiança: “A gente não pode desistir. Não pode desanimar”

Treinador celebra vitória sobre o Criciúma, líder do Catarinense, que até então tinha 100% de aproveitamento em casa

O técnico Luizinho Lopes creditou a grande vitória do Brusque por 2 a 1 sobre o Criciúma nesta quinta-feira, 15, a seus jogadores, tanto pela dedicação quanto pela disciplina tática. Na coletiva de imprensa após a partida, o treinador destacou a utilização de uma nova forma de se defender, para evitar que o Tigre atacasse com força pelo meio e entrasse na área com muitos jogadores.

A estratégia deu muito certo nesta oitava rodada do Catarinense: o quadricolor, que amanheceu na zona de rebaixamento, venceu de virada, ocupa o G-8, interrompeu um jejum de seis jogos sem vitória e quebrou os 100% de aproveitamento que o líder do Catarinense tinha no Heriberto Hülse. A equipe tem agora mais três jogos para deixar a crise para trás e seguir rumo às quartas de final.

“Hoje mudamos nossa compactação. A ideia era deixar os zagueiros deles armarem. Mudamos de um 4-4-2 que vínhamos fazendo tradicionalmente há muito tempo para um 4-5-1, alternando para um 4-4-2 quando a bola estava com os zagueiros, com a subida do Madison, o balanço do Rodolfo”, explica Luizinho Lopes.

“Quando a bola estava com o zagueiro do lado direito, o Serrato subia e o Madison balançava. Isso encaixou muito bem, a gente fechou muito o centro do campo. Nossos pontas, Paulinho e Dentinho, estavam mais próximos para fazer a pressão nos laterais.”

“A gente conseguiu não deixar o Criciúma entrar tanto no nosso campo. O Criciúma, naturalmente, consegue colocar muito peso na área e a gente conseguiu estancar eles no meio, para não entrarem com muita gente no nosso campo, que era nossa maior dificuldade. Graças a Deus fluiu, eles não tiveram o jogo pelo interior, a gente conseguiu fazer uma pressão mais pelos lados.”

Má fase

O técnico do Brusque também comentou sobre o mau momento pelo qual a equipe vem passando. A equipe era tida antes do campeonato como uma postulante ao título, atrás do favorito Criciúma. Contudo, emendou uma série de seis jogos sem vitória, incluindo derrotas para Nação e Inter de Lages, recém-promovidos da segunda divisão estadual. O quadricolor começou a quinta-feira, 15, na 11ª posição, ocupando a zona de rebaixamento.

“Sou um cara extremamente competitivo, eu amo treinar atleta, amo o jogo, amo competição. E na verdade, a gente não pode desistir, e não pode desanimar. Mas você fica chateado, fica triste também por vezes. Porque acreditamos na nossa capacidade, na nossa qualidade. E a coisa não tava fluindo com naturalidade. Em alguns jogos, realmente, não fizemos um bom jogo. Mas em outros, a coisa não tava fluindo com naturalidade. Em poucas finalizações os adversários conseguiam cometer o crime na gente.”

Sem casa e sem torcida

Com o Augusto Bauer em reforma, o Brusque joga no Estádio das Nações, em Balneário Camboriú. As duas últimas partidas foram sem torcida, por veto da Polícia Militar. Luizinho Lopes trata a questão como central para o mau início de ano de sua equipe.

“Não podemos deixar de falar isso. Este recomeço de temporada sem o Augusto Bauer, sem o nosso torcedor, é extremamente agressivo. Nós sabíamos que isto poderia dificultar. Você para um ambiente aqui, estádio desses, com a torcida do lado. Este é o contexto do futebol, e a gente perdeu este contexto. Jogando em um ambiente totalmente isolado, sem calor humano, em que não nos adaptamos rapidamente.”

Próximo jogo

O Brusque enfrenta o Hercílio Luz no Estádio das Nações, às 18h deste domingo, 18, novamente com a presença de público.

Assista à coletiva abaixo e leia mais destaques de Luizinho Lopes:

Falta de tempo

“Apesar de não termos mais tempo pra treinar desde o primeiro jogo da temporada. […] Joga, regenera, vai para o jogo. É cruel. Às vezes as pessoas ficam reclamando que é nossa profissão tentar melhorar, orquestrar, ajustar, organizar. A gente não tem tempo pra isso. Mas enfim, é a nossa realidade. Mas isso dificulta muito.”

Jogo

“Para o jogo de hoje, os jogadores assimilaram muito bem o que nós analisamos do Criciúma. O que analisamos no tático que fizemos, o que analisamos ontem e o que nós apresentamos para eles na preleção.”

“Todo o valor aos atletas. Nós entramos com fé, nós acreditamos, colocamos muita energia e agressividade no jogo. Mesmo sem a bola a gente controlou muito bem o jogo. […]. Mudamos a nossa compactação, a forma de encaixar nos pontos fortes do Criciúma. Os atletas colocaram à risca tudo que nós projetamos.”

“Graças a Deus, hoje nossa equipe não se abateu. Voltou firme, agressiva, faz o gol. Na minha visão, obviamente que um baita trabalho que faz o Criciúma durante um longo tempo, nós fizemos um jogo merecedor da vitória.”

Primeiro tempo

“Quando voltei para o intervalo, falei para eles que estávamos atravessando um deserto e ainda não tínhamos encontrado água, que nós precisávamos resistir ainda mais. Que não deveríamos nos iludir por ter termos tomado o gol, porque estávamos firmes no jogo. Estávamos fazendo um jogo decente.”

“Tínhamos finalizado cinco vezes. Uma finalização muito boa do Madison, uma do Olávio, uma do Paulinho [Moccelin], o cabeceio do Ianson e outra muito boa em que o Olávio quase faz o gol. Eles finalizaram três: uma para fora, uma defesa do Nogueira. E no lance do Dentinho, que a gente acredita que foi falta, um tranco por trás. Eles finalizam, a bola desvia, entra na gaveta.”

Questão estádio

“Nunca desacreditamos do nosso trabalho. Nosso ambiente é bom. Graças a Deus, hoje conseguimos provar mais uma vez que temos capacidade de continuar competindo bem. Agora, a gente tem que tentar se readaptar dentro de casa porque é a nossa realidade, não tem como fugir. Mas a memória que tenho no tempo que estou aqui no Brusque é de jogos agressivos dentro de casa.”

“E a gente perdeu essa energia, a gente perdeu essa emoção, esse ambiente. É muita coisa isso, mas é muita coisa. Então temos uma dificuldade a mais nesta temporada, estamos trabalhando para superá-la. Graças a Deus, hoje a gente conseguiu dar uma resposta boa para que a gente possa se manter confiante no trabalho.”

“Não tivemos para onde correr, a diretoria fez o possível e o impossível, foi o que nos restou. A tentativa, no início, era de que estivesse em melhor condição. Muita chuva, muito jogo em cima do campo, que só piorou. (…) Mas não falo só do gramado, falo da atmosfera. O Augusto Bauer com o torcedor do lado traz uma emoção muito particular. Estamos numa cidade que não é muito grande, mas com uma torcida calorosa.”

“Daqui a pouco as coisas vão melhorar, o sol vai se abrir. O estádio está ficando lindo, talvez seja uma dificuldade para um novo ressurgir. Não é desculpa, mas é uma grande desvantagem nossa. Deu uma mutilada na nossa energia. O Brusque se notabilizou por ser muito forte no mando.”


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