Movimento nos hotéis de Brusque tem queda na virada de 2024 para 2025
Apesar da demanda aumentar no fim do ano, gestores identificaram queda em relação aos anos anteriores
Apesar da demanda aumentar no fim do ano, gestores identificaram queda em relação aos anos anteriores
Os hotéis de Brusque são procurados nos finais de ano por pessoas que desejam passar férias perto do litoral catarinense. Gestores de hotéis avaliam que a demanda é superior nestas épocas, de dezembro e janeiro, mas entendem que houve uma baixa na virada de 2024-25.
Brusque é um município próximo do litoral. A cidade está a 40 quilômetros de Balneário Camboriú, 55 km de Itapema e 130 km da capital Florianópolis, além de outros municípios litorâneos. A cidade também é próxima de rodovias importantes.
Gisela Gracher Stieven, do Hotel Gracher, afirma que é comum turistas se hospedarem na cidade nos meses de final e início de ano. Para ela, a ocupação hoteleira vem recuperando os níveis de pré-pandemia.
“Nesta época do ano, temos um acréscimo de hospedagem e de uma forma diferente. Não é nosso hóspede corriqueiro durante o ano. É o turista mesmo, que vem com família”, comenta.
Além das pessoas que, na visão dela, fogem do trânsito no litoral, há aqueles que desejam fazer turismo regional. São hóspedes que ficam uma noite e depois deixam o hotel para visitar outra cidade no Vale do Itajaí, além daqueles que vão e voltam da praia diariamente.
Para a gerente-administrativo do Hotel Veneza, Tânia Mara Pedrini, o movimento continuou alto em dezembro e janeiro, mas com redução de 10% a 15% em relação ao período no ano passado, em que houve, praticamente, lotação do hotel.
“Neste ano, caiu um pouco devido ao valor do litoral”, analisa. Tania relata que a maior parte do público que se hospeda no Hotel Veneza nesta época é composto por famílias ou estrangeiros.
O setor hoteleiro foi afetado durante a pandemia da Covid-19 e passa por recuperação gradativa. Para a gerente-administrativo do Hotel Veneza, os efeitos da crise global da pandemia foram normalizados no ano passado.
“Em 2024, nós notamos que normalizou, apesar de o home office e as vendas on-line tirarem esse público que viajava. Ainda assim, o movimento em 2024 normalizou para nós”.
Geovani Cerutti Pinto, proprietário do Hotel Queiroz, segue a mesma avaliação de Tânia. De acordo com ele, na virada de 2024-25 houve uma baixa relacionada ao público de turistas que procura por hospedagem em Brusque.
Ele comenta que, geralmente, o período de grande movimentação no hotel nesta época é entre os dias 1º de dezembro e 15 de dezembro. Depois, há uma segunda etapa de bom movimento, após o Ano-Novo, a partir da segunda semana de janeiro até o dia 25 do mês.
“Tivemos uma baixa de cerca de 30% em relação aos finais de ano anteriores”, comenta.
“Antigamente, famílias vinham do Mato Grosso, Minas Gerais e Goiás, fazendeiros de caminhonete, para fazer compras. Era sempre antes ou depois do Ano-Novo. Faziam compras e ficavam dois ou três dias no hotel. Tinha muito disso, o que não aconteceu neste ano. Tive cinco famílias que fizeram isso neste ano”.
Geovani afirma que essas pessoas que visitavam a cidade nestes períodos eram de famílias que atuavam no agronegócio em seus estados. “Esse pessoal, que era do agro, não ‘desceu para BC’”, brinca, em referência à música hit do verão, “Descer pra BC”, da dupla Brenno e Matheus.
Gabriele Schmitt, coordenadora de Marketing do Hotel Monthez, relata que o público que procura por hospedagem em dezembro e janeiro é composto, em maioria, por casais sozinhos e com crianças, ou seja, um perfil familiar. A média de permanência dos hóspedes é de três a quatro dias.
Ela conta que os pacotes de hospedagem do Monthez nesta época incluem festas de Réveillon. Segundo avaliação do hotel, a oferta atraiu hóspedes a passar a virada de ano na hospedagem.
“Por ser um período de férias e pela nossa programação com diversas atividades de recreação e shows infantis, o hotel também tem sido procurado como um atrativo de lazer completo, indo além da hospedagem convencional”.
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