Com “onda Bolsonaro”, PSL cresce em Santa Catarina
Com “onda Bolsonaro”, PSL cresce em Santa Catarina
- Por Raul Sartori
- 09/10/2018
- 4:50
Além da expectativa
Nas searas do PSL de SC era contagiante o entusiasmo, na semana passada, com a eleição de domingo. Um dirigente que foi consultado afirmou à coluna, com muita convicção, que Bolsonaro conquistaria no mínimo 65% dos votos válidos no estado. E como se afirmou, trata-se de um partido cujos ideários a grande maioria ainda não conhece, que ao nascer já faz história no estado, com um candidato disputando o poder Executivo estadual, e com chances de vencer, porque a “onda Bolsonaro” só tende a crescer. De quebra, elegeu seis deputados estaduais e quatro federais. Um desempenho impressionante.
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Consagração
Entre tantas comemorações que o PSL tem em SC, está a de chegar ao segundo turno no governo estadual com seu candidato, Comandante Moisés, um ilustre desconhecido até semanas atrás, e por motivos óbvios, entre eles o ínfimo tempo de propaganda eleitoral gratuita em rádio e televisão, recursos escassos (por não utilizar o fundo público de financiamento eleitoral) e sem poder contar com a estrutura da máquina pública nos municípios. Um fenômeno.
Jorginho senador
Outra surpresa, porque os institutos de pesquisa não sinalizavam isso, foi a eleição do deputado federal Jorginho Mello (PR) para o Senado, desbancando Raimundo Colombo, Paulo Bauer e Ideli Salvatti. “Fizemos uma campanha propositiva, mostrando que somos ficha-limpa e com muito trabalho a prestar por SC”, comentou, emocionado, após a vitória, ressaltando que sua principal missão será fazer com que Brasília respeite mais SC e invista mais em obras daqui, como as rodovias federais.
Boca de urna
O Instituto Mapa fez sua pesquisa boca de urna digital para governador, usando nova metodologia, e o resultado foi surpreendente: Mauro Mariani em primeiro, com 26,3%; Gelson Merisio, 24,2%; Décio Lima, 18,9% e Comandante Moises em quarto, com 14,7%. Não foi o que as urnas falaram, principalmente quanto ao primeiro e o quarto lugar.
Juventude política
A velha política – não só quanto à forma de fazê-la, com todos os seus múltiplos vícios e as poucas virtudes, mas também quanto a idade de seus representantes – foi alvo de uma varrida histórica no Legislativo estadual. Dos 40 deputados eleitos ou reeleitos, 20 tem menos de 50 anos. E dois com menos de 30. São Ana Caroline Campagnolo (PSL), 27, professora de ensino médio em Itajaí, e Felipe Estevão, também do PSL, 29 anos, pastor da igreja União em Cristo em Laguna.
Renovação
A partir de 1º de fevereiro de 2019, 22 deputados eleitos se juntarão aos 18 que foram reeleitos. Quatro já passaram pelo Legislativo anteriormente, enquanto 18 são novos, sem mandato legislativo estadual, nem como suplentes. Os analistas políticos erraram feio: suas previsões indicavam que a renovação seria no máximo de 25%, ou seja, apenas 10 novos deputados seriam eleitos, permanecendo outros 30 com seu mandato garantido domingo. O eleitor não permitiu.
Novo
Uma das boas novidades recentes da política, o Partido Novo começa bem em SC. Em seu primeiro pleito, o advogado e empresário Gilson Marques foi eleito deputado federal, com 27.443 votos. Recentemente, Gilson esteve à frente do projeto de lei de iniciativa popular para o fim do ponto facultativo no município de Pomerode. Promete que vai trabalhar cada dia para que o dinheiro do contribuinte pare de ser jogado fora.
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Convite
A Fiesc foi a primeira entidade a convidar os dois candidatos ao governo do Estado para participar da reunião de diretoria, dia 19, para uma conversa. A Gelson Merísio e Comandante Moisés serão novamente exibidos pontos da Carta da Indústria, que traz as sugestões da entidade para o futuro governante do Estado. Tem a não elevação da carga tributária como uma das principais prioridades.
Elas
A bancada feminina na Câmara dos Deputados subiu de 51 para 77 cadeiras. Entre as eleitas, 43 ocuparão o cargo pela primeira vez. Integrante da atual bancada feminina, a deputada reeleita Carmem Zanotto (PPS-SC) acredita que, respeitada a divergência de pensamento na sua legenda, a pauta mais importante deve ser a luta para redução da violência contra a mulher.
Derrota
Uma das derrotas mais comemoradas em grupos de pessoas foi da ex-presidente Dilma Rousseff para o Senado de Minas Gerais, mesmo Estado que lhe deu consagradora vitória para presidente há quatro anos. Nas pesquisas, era considerada favoritíssima.