Comércio de chocolates projeta Páscoa de recuperação nas vendas na região
Maior estabilidade da economia e diversidade de produtos são apostas para atrair clientes
Maior estabilidade da economia e diversidade de produtos são apostas para atrair clientes
A recuperação gradual da economia e do poder de compra das famílias têm animado comerciantes e fabricantes de chocolates locais. Em alguns casos, a formulação de estratégias para o período de Páscoa começou ainda em janeiro. Para garantir um bom desempenho comercial, empresas locais apostam em estratégias, preços e prazos, além da variedade de produtos.
De acordo com a proprietária da empresa de chocolates Tia Lice, Clarice Gandolfi, a manutenção dos preços do último ano estão sendo um diferencial para a comercialização dos produtos. Com um preço mais competitivo, ela projeta aumentar a produção e as vendas em relação ao ano passado.
A maior parte da produção de chocolate ao leite é utilizada para abastecer revendedores. Há 28 anos no setor, a empresa de Guabiruba tem ovos de Páscoa em cerca de 160 pontos de venda. Apesar da abrangência, Clarice aposta na diversidade de sabores oferecidos na comercialização direta na fábrica.
Neste ano, chocolates feitos com coco e confetes devem ser as estrelas do período. Cada tipo teve 300 unidades preparadas para atender o público no local. No ano passado, o produto contendo os confeitos teve boa aceitação e quase 160 ovos de 350 gramas foram vendidos.
Venda direta
Também com a produção voltada aos chocolates artesanais, Andrei Paza, da Vô Paza, projeta ampliar em 5% as vendas para Páscoa. Para a comercialização, ele prioriza o contato direto com os clientes. “A melhora da economia ajuda (neste ano), muitas pessoas procuram na indústria na tentativa de conseguir um melhor preço”.
Segundo ele, com a diversidade de chocolates é mais fácil ter uma circulação maior de clientes. Para despertar a atenção dos visitantes, produtos temáticos, como o Ovo da Copa do Mundo, ganham espaço na fábrica. Outro atrativo, afirma, são os itens personalizados pelos clientes.
De olho em nichos
Mais de sete a cada 10 brasileiros consomem chocolate, segundo pesquisa da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab). Além do levantamento feito pela entidade, o Ibope Inteligência, identificou que 75% da população consome o produto e 35% não troca o chocolate por outro alimento ou bebida.
Com base nos panoramas do mercado, a Havan espera crescer 30% em relação à última Páscoa. Os produtos ofertados visam atrair públicos variados. “A rede está apostando em ovos de diversas marcas para atender tanto o público infantil, quanto o adulto, trazendo as novidades de ovos zero lactose, sem glúten e 70% cacau”, resume o gerente de compras, Aldemir de Souza.
Para atrair um público maior, a estratégia também envolve a elaboração de alternativas de pagamento diferenciados. Entre 26 e 31 de março, no chamado período Pula-Pula, o pagamento só ocorre em maio. As compras do período podem ser parceladas em até 10 vezes.
Mudança de comportamento
Segundo Udo Wandrey, gerente de compras da rede de supermercados Archer, a organização das unidades para o período são feitas no início do ano. Para a Páscoa de 2018, ele projeta repetir o desempenho de vendas do ano passado.
O motivo para a projeção é a antecipação das comemorações em relação a 2017. Como reflexo da economia nas últimas edições, o gerente afirma ter percebido uma mudança no comportamento de compras dos consumidores.“Muitos estão trocando ovos de Páscoa por chocolate em barra ou caixas de bombons”.
Entre as estratégias para facilitar as compras no período, Wandrey destaca que as compras de chocolates também podem ser parceladas em até três vezes.