Comunidade escolar do Padre Lux protesta contra municipalização na Câmara de Brusque

Vereadores garantiram que vão lutar para defender interesses de pais e alunos

Comunidade escolar do Padre Lux protesta contra municipalização na Câmara de Brusque

Vereadores garantiram que vão lutar para defender interesses de pais e alunos

Pais, alunos e professores da Escola de Educação Básica Padre Lux compareceram à sessão da Câmara de Vereadores de Brusque desta terça-feira, 14, para protestar contra a possibilidade de retirada do ensino médio da unidade, que fica no bairro Azambuja.

A direção do EEB Padre Lux já anunciou que não terá mais oferta de ensino médio no período noturno em 2024. A municipalização, porém, se colocada em prática, acabaria com a oferta do ensino médio totalmente na unidade.

A comunidade escolar entregou aos vereadores uma carta de repúdio se posicionando de forma contrária à retirada do Ensino Médio e consequente municipalização do Padre Lux.

“Todos os governantes que passaram pela gestão pública tiveram 27 anos para ampliar e modernizar nossas escolas, evidenciando o despreparo e o descaso com a educação. Ela não pode ser tratada como mercadoria e, sim, um direto de todos. Escola se amplia, se renova, constrói-se. Não aceitamos o fechamento de turmas. Sendo assim, pedimos, respeitosamente, que atendam nossa reivindicação e digam não a municipalização e ‚sim, a permanência do ensino médio em nossa escola”, diz o documento assinada pelo presidente da Associação dos Pais e Professores (APP), Ednilson José da Cruz, e do presidente do Conselho Deliberativo, Reinaldo Jacomelli.

“Inconcebível”, “inadmissível” e “retrocesso”

A vereadora Marlina Oliveira (PT) criticou a iniciativa do governo do estado e defendeu que os líderes políticos da cidade tentam reverter essa decisão.

“Em uma das medidas mais taxativas que já vi em Santa Catarina, o governo está reduzindo o número de escolas do ensino médio. Em Brusque, serão apenas quatro. Assim, vamos institucionalizar a evasão. O governo estadual prometeu universidade gratuita, que não é de responsabilidade estadual, e agora que centralizar essas dez escolas espalhadas pela cidade no Centro. Não sei como isso será feito, é inconcebível. Nós precisamos fazer uma luta intensa para impedir essa atrocidade. O prefeito precisa fazer essa defesa. Precisamos bater o pé para não dar passos para trás”.

Rogério dos Santos (Republicanos) falou na mesma linha. “Não vamos deixar isso acontecer. O prefeito e a secretária de Educação também estão do nosso lado. Não entendo porque o governo quer retirar dinheiro da educação e da saúde”. Jean Pirola (PP) classificou a medida como “inadmissível”, enquanto Alessandro Simas (PP) afirmou que a possibilidade é “sem sentido” e um “retrocesso”.

Líder do governo, Rick Zanata (PRD) garantiu que a municipalização não acontecerá no próximo ano e prometeu que os vereadores e a prefeitura trabalharão para atender às necessidades da comunidade. Ele ainda destacou que o prefeito André Vechi (PL) vai procurar o governo estadual para reverter a decisão da oferta do ensino médio noturno.

Os vereadores aprovaram ainda um requerimento de Jocimar dos Santos (DC) para a realização de uma audiência pública sobre o assunto no próximo dia 27, às 18h30. “Temos que ouvir o que a comunidade e as autoridades também, para saber porque estão propondo isso”.


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