Conheça as áreas de preservação histórica estipuladas no novo Plano Diretor de Brusque
As chamadas Zonas de Interesse Histórico-Cultural preservam regiões de valor considerado inestimável ao município
As chamadas Zonas de Interesse Histórico-Cultural preservam regiões de valor considerado inestimável ao município
No novo Plano Diretor de Brusque estão dispostas as chamadas Zonas de Interesse Histórico-Cultural, que por suas características, são áreas de preservação histórica e cultural do município.
A inclusão dos microzoneamentos Zona de Interesse Histórico-Cultural e da Zona de Interesse Histórico-Cultural Azambuja reflete o compromisso com a valorização e integração do patrimônio cultural e arquitetônico da cidade ao seu desenvolvimento urbano, afirma o diretor de Planejamento Urbano do Instituto Brusquense de Planejamento (Ibplan), André Bozio.
“A preservação e o adequado uso desses espaços são essenciais para garantir que a identidade histórica e cultural de Brusque seja mantida e celebrada, enquanto a cidade continua a se desenvolver.”
A Zona de Interesse Histórico-Cultural engloba a Paróquia Bom Pastor e a Igreja Matriz São Luís Gonzaga. “Ambos marcos significativos na estruturação espacial e na memória coletiva de Brusque”, descreve.
A Zona de Interesse Histórico-Cultural Azambuja compreende o Santuário, o Seminário, o Museu e o Complexo Hospitalar de Azambuja. “É um conjunto edificado de inestimável valor paisagístico e urbanístico. Este local não apenas representa um marco arquitetônico, com construções que datam de 1887, como também é um espaço de peregrinação religiosa, historicamente associado a relatos de milagres de cura na fonte que o adorna.”
A localização do complexo religioso e hospitalar “preserva um ambiente de serenidade e aconchego, devido à sua localização envolta pelas encostas das elevações naturais”.
André detalha que a escolha das áreas foram definidas a partir de critérios técnicos. “Essas zonas foram cuidadosamente delimitadas com base em critérios técnicos, que envolvem o valor paisagístico, arquitetônico, histórico-cultural e socioeconômico dos conjuntos e edificações que as compõem”, afirma.
Na prática, esses locais apresentam mais restrições para novas construções e alterações na paisagem original, com o objetivo de manter preservado os locais com valor histórico do município.
Paróquia Bom Pastor: inaugurada em 1895, está localizada no centro de Brusque e é um exemplo de arquitetura religiosa erudita. O valor sócio-econômico da edificação permanece até os dias de hoje, pois segue usada ativamente pela comunidade brusquense.
Igreja Matriz São Luís Gonzaga: finalizada em 1962, é um ícone da arquitetura religiosa moderna no Brasil e um dos maiores pontos turísticos brusquenses, projetada pelo arquiteto alemão Gottfried Böhm, que ganhou o Prêmio Pritzker em 1986, considerado o mais importante da arquitetura.
Santuário Nossa Senhora de Azambuja: também conhecido como Igreja de Azambuja, é um santuário católico, situado junto ao Seminário, ao Museu e ao Complexo Hospitalar. Em 1905, foi elevada à dignidade de Santuário Episcopal. No espaço, ocorre a tradicional festa de Nossa Senhora de Azambuja, que reúne centenas de religiosos no município. A atual construção é a terceira no local, iniciada em 1939.
Seminário Nossa Senhora de Lourdes: chamado também de Seminário Azambuja, foi criado em 1927 por Dom Joaquim Domingues de Oliveira. Inicialmente ficava na casa paroquial da catedral, e foi posteriormente transferido para sua casa, na rua José Vieira, onde foi oficialmente erguido. O padre Jaime de Barros Câmara formou o Seminário e seu modo de ser e agir influenciou toda a sua história.
Museu Arquidiocesano Dom Joaquim: chamado de Museu de Azambuja, surgiu
em 1933 como o primeiro museu de Brusque. Foi criado para auxiliar na formação do clero, além de ser suporte para a formação histórica, cultural, artística e científica. Está aberto ao público desde 1960 e possui um dos mais ricos acervos em exposição no Estado de Santa Catarina e é o maior museu de Arte Sacra do sul do Brasil, com cerca de 4 mil peças.
Complexo Hospitalar de Azambuja: o Hospital Azambuja, como é chamado pelos brusquenses, é uma instituição da Igreja Católica e ao longo dos seus 122 anos de história, transformou-se em um dos mais importantes estabelecimentos de saúde da região, com cerca de 17 mil atendimentos por mês.
Bar da Toca, no subsolo de restaurante, foi curioso point em Brusque no século 20: