Conheça funcionários de Brusque que cresceram profissionalmente por meio da qualificação
A educação é um instrumento imprescindível para aqueles que buscam uma posição de destaque no mercado de trabalho
A educação é um instrumento imprescindível para aqueles que buscam uma posição de destaque no mercado de trabalho
O sonho de todo trabalhador é construir uma carreira de sucesso e ter orgulho do lugar que ocupa dentro da empresa. Todos sabem, porém, que chegar ao topo não é tarefa fácil. Para isso, é preciso muito esforço, dedicação e saber aproveitar as oportunidades que a vida oferece.
A educação é, nesse contexto, um instrumento imprescindível para aqueles que buscam uma posição de destaque no mercado de trabalho, sobretudo em uma época de instabilidade econômica como a que o país enfrenta. Os mais qualificados sempre terão chance. Aqueles que ainda não compreendem a importância da busca constante pelo conhecimento, infelizmente, serão deixados para trás.
As organizações valorizam, cada vez mais, colaboradores que entendem a necessidade da educação e buscam recompensá-los, já que quanto maior o nível de qualificação entre os trabalhadores, melhores serão os resultados obtidos pela empresa.Em Brusque, não faltam exemplos de colaboradores que entenderam a importância da qualificação e deram um salto em suas carreiras por meio da educação. Mas é preciso evoluir ainda mais. Qualificar sua mão de obra, dessa forma, é o principal desafio das empresas nos próximos anos.
De estagiário a gestor de desenvolvimento
Aos 14 anos, Cristiano Foppa iniciou suas atividades no extinto Centro de Treinamento Zen (CTZ). Àquela época, em meados dos anos 1980, ele não imaginava que, 30 anos depois, estaria na mesma empresa, na função de gestor do departamento de pesquisa e desenvolvimento, um dos mais importantes da empresa.
A ascensão profissional foi possível porque, desde o início, Foppa se aperfeiçoou. Começou fazendo curso técnico em mecânica e, assim, conseguiu preencher uma vaga no laboratório de metalurgia. Logo depois iniciou o curso superior em Química, em Blumenau. Na metade do curso, foi promovido para a área de engenharia de processos.
Permaneceu na função até 2003, quando a Zen criou o departamento de pesquisa e desenvolvimento. Foi o impulso que faltava para iniciar o mestrado em engenharia de materiais e se tornar supervisor.
Posteriormente, ele trabalhou como supervisor da área de processos, atuou na área de desenvolvimento de produtos e, em 2012, voltou para a unidade de pesquisa e desenvolvimento como gestor. Além de ser professor nos cursos de multiplicação realizados na empresa. Para Foppa, não há dúvida de que a base do sucesso é a qualificação.
“Primeiro veio a busca pelo conhecimento e depois vieram as oportunidades. É preciso estar preparado, ver para onde o mercado vai crescer e ir se especializando para conquistar uma vaga dentro daquilo que você busca”, recomenda.
Quando se agarra a oportunidade
Natural de Palmas, no interior do Paraná, Dalcir Carvalho de Souza, 43 anos, nunca teve a oportunidade de estudar quando criança. Depois de adulto, no entanto, ele soube aproveitar a oportunidade oferecida pela Irmãos Fischer, onde trabalha há oito anos, e já conseguiu concluir o ensino médio, fez curso técnico de empilhadeira e, depois de seis anos trabalhando no setor de corte, foi promovido para operador de empilhadeira no setor de expedição.
Souza não esconde o orgulho que sente quando lembra que isso é só o começo em busca da melhora de sua vida profissional.
“Estou tentando dar o meu melhor. Terminei o estudo faz um ano e a minha vontade é fazer alguma coisa a mais, um curso técnico para melhorar meu currículo”, diz.
Para ele, a força de vontade foi fundamental para que conseguisse concluir os estudos. Hoje, vê claramente a diferença do Dalcir antes e depois do estudo. “A empresa faz a parte dela, e cada um tem que fazer a sua parte, não adianta ter tudo na mão e não desenvolver. Eu tinha tudo aqui e aproveitei, fiz a minha parte”.
Primeiro passo para a universidade
A líder de produção Vanessa Dumas, 29 anos, também concluiu seus estudos dentro da Irmãos Fischer. Ela começou na empresa há seis anos e meio, como auxiliar de montagem, e após três anos trabalhando, decidiu aproveitar o incentivo e voltar a estudar.
Quando era adolescente, decidiu parar de estudar porque não gostava de ir para a escola. Já na vida adulta, viu a dificuldade que as pessoas sem estudo têm para entrar no mercado de trabalho. Então, quando surgiu a oportunidade, não pensou duas vezes.
Vanessa concluiu o ensino médio no ano passado e, neste ano, iniciou a graduação em Processos Gerenciais, no Centro Universitário de Brusque (Unifebe). Nesse meio tempo, também foi promovida à líder de produção, e sonha em atingir posições maiores dentro da empresa.
“O ensino médio é o básico que a pessoa tem que ter, o mercado de trabalho pede muito conhecimento, cada vez mais. Se a gente não dá o máximo, fica para trás. Por isso, decidi começar a faculdade, quero chegar a cargos melhores. É para isso que eu estudo”.
Educação para toda a vida
O gestor de produção da unidade de casas modulares da Fischer, Luciano Hausmann Souza, 46 anos, teve uma vida bastante difícil. Aos 10 anos ficou órfão, ao perdeu a mãe, vítima de um câncer.Ele tinha todos os motivos para trilhar algum caminho errado, mas um pedido de sua mãe, no leito de morte, guiou seus passos até a posição em que se encontra.
“No hospital, em uma das últimas vezes que a vi, minha mãe disse pra eu estudar, porque o conhecimento ninguém poderia me tirar”, conta.Assim, ele seguiu a vida, sempre perseguindo a educação. Entrou na Irmãos Fischer ainda quando cursava o ensino médio, como auxiliar de compras.
De lá para cá, passou por diversas funções, fez a faculdade de Administração, duas especializações, curso técnico, até chegar ao cargo atual. Além do cargo na indústria, ele é professor do curso de Administração da Unifebe e também leciona no Senai, além de ser proprietário de uma empresa de consultoria.“Um dos fatores para a gente ter mobilidade social é o estudo. Pode ter esforço, vontade de trabalhar, mas se não complementar com o estudo, vai chegar até certo ponto e não vai conseguir passar disso”, afirma.