Construção do abatedouro municipal em Guabiruba gera debate em sessão itinerante da Câmara

Morador afirma que há irregularidade no processo de posse do terreno pela prefeitura; presidente da Câmara rebate

Construção do abatedouro municipal em Guabiruba gera debate em sessão itinerante da Câmara

Morador afirma que há irregularidade no processo de posse do terreno pela prefeitura; presidente da Câmara rebate

A primeira sessão itinerante da Câmara de Guabiruba foi realizada nesta terça-feira, 29. A reunião aconteceu no Clube Dez de Junho, no Centro, e a comunidade teve espaço de fala. Morador da cidade, William Bretzke utilizou a tribuna para criticar a construção do abatedouro municipal no bairro Pomerânia.

Ele aponta irregularidades no processo de aquisição do imóvel por parte da prefeitura. William entende que a obra ocorre em um terreno privado. Além disso, faz críticas à construção, sob argumento de que não há uma demanda pelo serviço de abate de animais que justifique a necessidade da obra.

“Está sendo executada uma obra pública, com custo de mais de R$ 1 milhão, em cima de um terreno que, até o presente momento, é de uma pessoa privada. É uma denúncia grave. As pessoas precisam discutir este caso. Não é uma obra barata”, afirma o morador.

Presidente da Câmara rebate

O presidente da Câmara, Xande Pereira (PP), respondeu às críticas de William. O parlamentar explica as circunstâncias que, segundo ele, garantiram a posse do imóvel ao município. O parlamentar afirma que a maneira que o assunto está em pauta “parece que o empresário que doou o imóvel é um criminoso”, como define, e diz que, na verdade, ele busca contribuir com a cidade.

“Em 2021, recebemos um imóvel localizado no bairro Pomerânia. O objetivo era criar o abatedouro. O projeto de lei foi aprovado. O projeto era muito claro quando dizia que a obra deveria iniciar até dezembro de 2024, caso contrário o imóvel retornaria ao proprietário”.

O Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC) acompanha a situação. Xande afirma que a defesa está sendo feita pela prefeitura e que todo processo ocorre com transparência. O presidente da Câmara entende que a agricultura é presente em Guabiruba e precisa de apoio para que se mantenha.

“A agricultura ainda é forte no município e precisamos fomentar. Se não auxiliarmos, vamos perder esta tradição. Este imóvel não está sendo construído para uma pessoa só. Não é investimento de recursos públicos em propriedade privada para bem pessoal. A ideia é atender o agricultor guabirubense”.

William novamente volta a questionar a necessidade da obra. O morador diz que Guabiruba é uma cidade que perde as características rurais com o passar dos anos. No final da fala, Xande se colocou à disposição para uma reunião com ele e representantes da prefeitura para apresentar a viabilidade econômica da obra.

“Entendemos a necessidade do abatedouro”

A vereadora Eduarda Schweigert (MDB) também debateu o assunto. Ela avalia que o município precisa prestar os devidos esclarecimentos ao MP-SC para que as dúvidas sejam sanadas. A parlamentar defende a construção do abatedouro municipal.

“Sabemos que o Ministério Público deu um prazo para regulamentação. Temos que seguir esse prazo para que essas questões não aconteçam e não haja falatório sobre o proprietário e sobre a prefeitura. Entendemos a necessidade do abatedouro”.

Outros moradores da cidade levaram as demandas na sessão itinerante da Câmara. O poder Executivo foi representado pelo vice-prefeito de Guabiruba, Cledson Kormann (PSD).


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