Cooptação de partidos para a base do governo em troca de cargos comissionados avança em Brusque
O sistema político brasileiro, do presidencialismo de cooptação, no qual o presidente, após eleito, traz para seu grupo membros até então da oposição, como forma de garantir a governabilidade, está sendo perfeitamente replicado em Brusque neste mandato do prefeito Jonas Paegle.
Com velhas práticas, opositores se tornam aliados e, de críticos, viram defensores, após verem atendidos seus pedidos de cargos comissionados.
Inicialmente, a base de apoio do governo era pequena, com diversos parlamentares eleitos por partidos que trabalharam contra o prefeito durante a campanha.
A Câmara manteve-se com posições ideológicas coerentes por alguns meses, e até que o modelo do presidencialismo de cooptação começou a ser aplicado: em troca de quantidade X de cargos, determinado vereador passa a apoiar o governo, ou, pelo menos, reduzir o volume e tamanho das críticas.
Após alguns meses de negociação, no entanto, tudo se encaminha para o mesmo de sempre: o governo tendo uma ampla base de apoio em troca de indicações de cargos comissionados.
Houve até presidente de partido que hoje está na base do governo que, meses atrás, disse que a sigla não entraria no governo, e que até pediria a desfiliação de quem, estando na agremiação, ocupasse cargo na prefeitura.