Corregedoria da PM é acionada após operação clandestina com pessoas em situação de rua em Itajaí
Além de serem obrigadas a deixarem o município, as vítimas teriam sido agredidas
Além de serem obrigadas a deixarem o município, as vítimas teriam sido agredidas
A ocorrência envolvendo a Polícia Militar e pessoas em situação de rua em Itajaí está no Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC). As duas Promotorias de Justiça com atuação na área militar estão acionando a Corregedoria-Geral da Polícia Militar para trabalhar no caso.
A 1ª Promotoria de Justiça de Itajaí, responsável pela área do controle externo da atividade policial, está analisando a situação. O Núcleo de Enfrentamento aos Crimes de Racismo e Intolerância (Necrim) do MP-SC está acompanhando a situação e prestando auxílio às Promotorias de Justiça competentes para possíveis medidas de caráter preventivo.
Os promotores de Justiça Alexandre Piazza e Rodrigo Millen Carlin, da 5ª e da 42ª Promotorias de Justiça da Comarca da Capital, respectivamente, não receberam nenhuma representação até o momento, mas de ofício estão oficiando a Corregedoria-Geral da Polícia Militar exigindo informações acerca dos procedimentos instaurados para apurar o ocorrido em Itajaí.
O Necrim está acompanhando a situação. A coordenação do núcleo já entrou em contato com as Promotorias de Justiça do controle externo de Itajaí e da área militar da capital para prestar qualquer auxílio relacionado ao acompanhamento de medidas e procedimentos voltados ao esclarecimento da autoria do caso e de possíveis medidas de caráter preventivo.
O Necrim tem a função de monitorar e acompanhar todas as questões que envolvem discriminações e preconceitos e de prestar suporte às Promotorias de Justiça.
A Rádio Menina, de Balneário Camboriú, em entrevista com uma das vítimas, divulgou que os agentes teriam ido até a localidade do Matadouro, em Itajaí, por volta das 23h, para escoltar as pessoas até a BR-101. Ainda conforme a rádio, outras pessoas teriam sido agredidas.
Em nota, o 1º Batalhão da Polícia Militar de Itajaí esclareceu que o caso não se trata de uma operação policial institucional e que a situação não integrava planejamento prévio, “tendo sido feita à revelia e sem conhecimento do comando do batalhão”.
A nota, assinada pelo comandante do 1º BPM, tenente-coronel Ciro Adriano da Silva, comenta que as operações que têm pessoas em situação de rua como foco são realizadas em conjunto com outros órgãos, em especial com a Assistência Social.
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