Credores aprovam venda de imóvel da Schlösser por R$ 25 milhões
Pagamento deverá ser feito à vista, em até cinco dias após a homologação da assembleia
Pagamento deverá ser feito à vista, em até cinco dias após a homologação da assembleia
Credores da Companhia Industrial Schlösser, que está em recuperação judicial, aprovaram na tarde desta terça-feira, 23, a venda de imóvel onde fica a sede da companhia, no bairro Centro 2, por R$ 25 milhões.
A proposta foi apresentada pela empresa Brashop SA, administradora de bens ligada ao Grupo Havan.
Conforme aprovado pelos credores, o pagamento será realizado à vista, via depósito bancário, até o quinto dia útil após a juíza Clarice Ana Lanzarini, da Vara Comercial, homologar a aprovação em assembleia.
A proposta vencedora foi aprovada por todos os credores, exceto pela representante do Banco Nacional. A outra proposta, apresentada por Vetor Empreendimentos, com sede em Joinville, não recebeu sequer um voto na assembleia.
A Vetor ofereceu como proposta um pagamento total de R$ 28 milhões, maior do que o da Brashop, mas dividido em diversas formas de pagamento.
O primeiro pagamento seria um depósito de R$ 5 milhões em 30 dias. Mais três parcelas de R$ 2 milhões anuais. Além disso, a empresa queria parcelar R$ 14,4 milhões em 36 vezes de R$ 400 mil. Após tudo isso ser pago, faria um último depósito de R$ 3 milhões.
Os credores aprovaram ainda uma cláusula para o caso de não pagamento dentro do prazo. Estipulou-se que, caso isso aconteça, será cobrada multa de 20% e autorizado o recebimento de novas propostas.
Cabe ressaltar que a venda do imóvel servirá para pagar os credores que não são trabalhistas da companhia, como bancos, empresas etc.
Quando a empresa entrou em recuperação judicial, foi deliberado que parte de seus imóveis seria vendida para pagamento dos trabalhadores, e parte dos outros credores, que foi o que aconteceu nesta assembleia.
Os sindicatos que representam os trabalhadores negociam a venda do terreno onde ficava a antiga associação de funcionários da fábrica e o da portaria da empresa.
Os credores aprovaram também, na assembleia desta terça-feira, uma mudança no plano de recuperação judicial da empresa, no que toca a uma dívida que a companhia tem com a Celesc.
Pelo acordo original, o débito da Schlösser com a Celesc seria pago com crédito que a companhia tem a receber da Eletrobras, oriundo da ação judicial já transitada em julgado.
Ocorre que o pagamento, que inicialmente foi calculado em R$ 16 milhões, ainda não foi feito. Atualmente, corrigida, este crédito está avaliado em R$ 29 milhões.
Como a dívida da Schlösser com a Celesc está avaliada em cerca de R$ 21 milhões, a companhia reivindica ficar com o eventual saldo, após a Eletrobras realizar o pagamento.
Isso foi aprovado pelos credores e, quando o pagamento for efetuado e a Celesc receber a sua parte, o restante será recuperado pela Companhia, que poderá usá-lo para pagamento de outros credores e, além disso, paga recomposição do capital de giro da empresa, com vistas a uma eventual retomada das atividades.