Delegado fala sobre investigações do assassinato do cabo Everaldo

Último foragido foi preso nesta semana, no Rio Grande do Sul

Delegado fala sobre investigações do assassinato do cabo Everaldo

Último foragido foi preso nesta semana, no Rio Grande do Sul

Com a prisão de Olmiro Dias Severo, o Miro, na segunda-feira, 11, na cidade de Igrejinha, no Rio Grande do Sul, todos os envolvidos na morte do cabo Everaldo Soares de Campos, que foram identificados pela polícia, estão presos e já condenados pela Justiça.

Cabo Everaldo foi morto no dia 11 de setembro de 2017, no Centro de Guabiruba, quando por volta das 10h30, chegava com um malote de dinheiro na agência da cooperativa Viacredi. Ele foi rendido pelos assaltantes e atingido por sete tiros. Ele chegou a ser levado para o Hospital Azambuja, mas não resistiu aos ferimentos e morreu ainda durante a manhã.

Dos seis envolvidos no latrocínio que foram identificados pela polícia, cinco estão presos e um morreu ainda durante a fuga.

A morte do policial militar comoveu a região. Everaldo era muito admirado por todos que o conheciam. “Ele era uma pessoa muito querida, não só no meio policial, mas na sociedade, sempre trabalhou com muita lisura, era um profissional muito correto”, diz o delegado da Divisão de Investigações Criminais (DIC) de Brusque, Alex Bonfim Reis, que comanda as investigações do caso.

A prisão do último foragido, entretanto, não encerra as investigações sobre o crime que vitimou o policial. De acordo com o delegado, outras três pessoas, que ainda não foram identificadas, participaram do assalto.

Cabo Everaldo morreu no dia 11 de setembro de 2017 | Foto: Divulgação

O delegado explica que a polícia aguarda a chegada de Olmiro Dias, preso nesta semana no Rio Grande do Sul, para interrogá-lo formalmente e conseguir informações que levem à identificação dos outros três envolvidos.

“Como ele (Olmiro) ainda não foi formalmente interrogado, não podemos dar o caso por encerrado. Sabemos que há o envolvimento de, pelo menos, três pessoas não identificadas. Com a chegada dele, poderemos colher mais informações que possam nos levar a identificação dessas pessoas”.

Investigação complexa

O delegado afirma que as investigações do caso foram bastante complexas, mas com a contribuição fundamental da Polícia Militar e do Instituto Geral de Perícias (IGP), foi possível chegar aos envolvidos rapidamente.

Uma semana depois do crime, a polícia teve acesso a vídeos que mostravam a reunião dos envolvidos no estacionamento de uma indústria têxtil no bairro Bateas após o crime.

Nas imagens, os policiais viram que um dos assaltantes se feriu e precisou ser carregado pelos outros no momento da troca de carros. “Ele acabou morrendo e o corpo foi abandonado na rodovia Antônio Heil. Eles removeram as roupas e o deixaram de roupa íntima para que a polícia não conseguisse ligar ele ao crime”.

O corpo do assaltante foi encontrado no dia 12 de setembro, um dia após o crime, por moradores.

De acordo com o delegado, a parte mais complexa da identificação foi ligar a pessoa morta ao crime. “Uma semana depois, à noite, uma equipe da Polícia Civil e da Polícia Militar foi até o estacionamento procurar algum indício, encontramos uma gota de sangue. Acionamos o IGP, e posteriormente eles fizeram o DNA que deu positivo com o do corpo encontrado no dia seguinte ao crime”.

A partir daí, foi possível identificar as placas dos veículos, as pessoas que os dirigiam e algumas das pessoas diretamente envolvidas no crime.

“Com base nas informações, na época representamos pela prisão preventiva de cinco pessoas, uma havia falecido e outras três não foram identificadas. Duas delas foram presas à época dos fatos e outros três fugiram”.

A polícia conseguiu prender os três foragidos em Curitiba, Balneário Piçarras e agora em Igrejinha, no Rio Grande do Sul.

“Com essa última prisão temos esse primeiro núcleo identificado e presos. Seis identificados, um morto e cinco presos, já efetivamente comprovado o envolvimento no crime”.

Os envolvidos

Alessandro Lussoli

Prisão: outubro de 2017, em Brusque
Condenação: abril de 2018
Pena: 20 anos de prisão em regime fechado


Mário Sergio Faust, o Magrelo
Prisão: dezembro de 2017, em Curitiba
Condenação: abril de 2018
Pena: 30 anos de prisão em regime fechado


Jhonatan Machado
Prisão: outubro de 2017, em Florianópolis
Condenação: abril de 2018
Pena: 
23 anos e quatro meses de prisão em regime fechado


Rafael Fantoni
Prisão: 7 de março de 2019, em Piçarras
Condenação: julho de 2019
Pena: 23 anos e quatro meses de prisão em regime fechado


Olmiro Dias Severo, o Miro
Prisão: 11 de maio de 2020, em Igrejinha
Condenação: abril de 2018
Pena: 
23 anos e quatro meses de prisão em regime fechado


Lucas Ribeiro
Morte durante a fuga em 11 de setembro de 2017


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