Diretoria do Brusque terá reunião para avaliar mandar jogos em São João Batista
Más condições do gramado e custo de aluguel do Augusto Bauer pesaram para a sondagem
Más condições do gramado e custo de aluguel do Augusto Bauer pesaram para a sondagem
Se depender do presidente do conselho deliberativo do Brusque Futebol Clube, Célio Francisco de Camargo, o quadricolor mandará seus jogos a partir de 2019 no estádio Valério Gomes Neto, em São João Batista, deixando o estádio Augusto Bauer. Camargo, inclusive, já tenta convencer os demais conselheiros a aceitarem essa ideia, além de insistir com a diretoria executiva. Os diretores e conselheiros se reunirão ainda nesta segunda-feira, 17, para avaliar a possibilidade.
O Bruscão quer alternativas mais financeiramente viáveis, já que no Augusto Bauer o time precisa pagar aluguéis que chegam a R$ 4,5 mil por partida ao dono do estádio, o Clube Atlético Carlos Renaux – um gasto que pode chegar a R$ 27 mil mensais.
Quando o quadricolor buscou informações sobre o Valério Gomes, há cerca de cinco anos, o estádio, que é municipal, foi ofertado gratuitamente. Outro motivo apontado é a condição do gramado do Augusto Bauer. Para Camargo, não há mais condições de se atuar profissionalmente no local. “Está impraticável”, afirmou o presidente do conselho.
Isso se escancarou com a estreia do clube neste domingo, 16, pela Copa Santa Catarina, quando o campo prejudicou a atuação do time. Atualmente, além do Brusque, o próprio Carlos Renaux utiliza o estádio. As novas exigências da Federação Catarinense de Futebol (FCF) em seu novo manual de infraestrutura de estádios também inviabilizam o Gigantinho. Algumas das novas demandas precisam ser cumpridas já a partir do próximo Campeonato Catarinense.
Camargo explica, porém, que essa seria uma medida de transição, enquanto o clube não consegue contar com um estádio apropriado às suas necessidades dentro de Brusque. “Até que o Augusto Bauer seja reestruturado ou que o clube não tenha o estádio próprio, podemos buscar essa alternativa.”
Na comparação de infraestrutura, o Valério Gomes leva vantagem. Segundo informações do técnico desportivo Ronni Nicolodi, que trabalha na Fundação Batistense de Esportes (FUBE), o estádio conta com grama tipo esmeralda, a ideal para a FCF, enquanto o Gigantinho tem o gramado tipo bermuda.
A iluminação do estádio batistense também é melhor. Enquanto o Gigantinho conta com quatro postes de refletores, o Valério tem cinco, e somado à própria arquibancada, que conta com refletores no telhado apontados ao gramado, são seis pontos de iluminação.
No quesito público, o Valério tem capacidade levantada informalmente, sem a confirmação de órgãos de segurança, para cinco mil pessoas. Porém, a arquibancada coberta é voltada para cerca de 2,5 mil pessoas, enquanto os demais lugares são disponíveis em bancos no chão. Embora tenha capacidade oficial de 4 mil pessoas, o Augusto Bauer tem estruturas de arquibancada coberta e arquibancada descoberta, com mais conforto ao público, principalmente os visitantes.
Na ponta do lápis, o gasto com o transporte seria totalmente compensado, com sobras, pela economia no estádio caso realmente a prefeitura de São João Batista aceite ofertar o campo com gratuitade. Contudo, a torcida do Bruscão é quem teria que preparar o bolso para acompanhar as partidas, e a estimativa é de perda de público.