Pe. Adilson José Colombi

Professor e doutor em Filosofia - [email protected]

Doctor Honoris Causa

Pe. Adilson José Colombi

Professor e doutor em Filosofia - [email protected]

Doctor Honoris Causa

Pe. Adilson José Colombi

“Doctor Honoris Causa” é uma expressão latina que significa, em português, “Doutor por causa de honra”. É usada para outorgar um título honorífico, por Universidades, às pessoas que se destacaram em algum setor da vida de uma Nação e em sua Cultura. Não precisam ser portadoras de diplomas universitários. Todavia, tenham contribuído de maneira significativa em alguma área da Cultura, por exemplo, nas Artes, Filosofia, Letras, Ciências, causas humanitárias, etc.. Além disso, tenham também uma vida que possa ostentar boa reputação, méritos, serviços, reputação que sejam apreciados por boa parte da população e por instituições, não apenas por uma parcela bem restrita.

A pessoa agraciada por esse título pode se servir dele, inclusive em sua assinatura, como qualquer outra pessoa que, com esforço e dedicação, conquistou esse título acadêmico, por sua pesquisa, em uma Instituição Universitária reconhecida como tal. A pessoa recebe esse título honorífico, não por trabalhos acadêmicos, mas por seus méritos ou atitudes ou virtudes que marcaram a vida de uma Cultura ou parte significativa dela. Esse título dá um status acadêmico, dependendo da instituição universitária, de caráter internacional, enriquecendo significativamente seu curriculum vitae e começa a fazer parte do corpo de doutores daquela universidade.

Bem, minha gente, esse título foi dado a um brasileiro que leva o nome de Luiz Inácio Lula da Silva, o popular Lula. Acima tentei expor resumidamente o que, internacionalmente, é exigido, por uma instituição universitária, para honrar uma pessoa com esse título honorífico e começar a fazer parte do seu corpo de doutores. Pergunto ao amigo leitor ou à prezada leitora: o Lula se enquadra nesses requisitos para poder ser agraciado com tão grande honraria? Por quais méritos, virtudes, serviços ou ainda quais contribuições a setores da Cultura: Artes, Filosofia, Letras, Ciências…?

Creio que boa parte das leitoras e leitores amigos, senão a maioria absoluta, tenha a mesma opinião que tenho: Não. A não ser que se olhe a “contribuição” por outro ângulo: por tudo o que aconteceu de negativo na realidade sociocultural brasileira, com seu governo e com sua sucessora. Não é necessário elencar, pois, para quem minimamente acompanhou o que ocorreu nos últimos 15 anos de nossa História sabe do que estou falando. “Nunca nesse país se viu tantos desmandos, em todos os setores de nossa vida nacional”. E não foi só no âmbito da corrupção, essa sempre existiu, todavia, segundo o que está sendo revelado nas investigações, ela foi institucionalizada e tomou conta de todos os setores de nossa vida sociocultural. O maior estrago foi no âmbito dos valores, portanto, estamos no espaço da Ética e da Moral. Vamos precisar de algumas gerações para recompor nossa “escala de valores” a fim de que se possa recuperar nossa “brasilidade”, desfigurada gravemente.

De fato, é admirável a engenhosidade dos esquemas da corrupção montados no governo, seja na presidência e nos ministérios, nas estatais, enfim, em todo o sistema administrativo e no sistema político, de cima a baixo. Sem dúvida, é obra de um “Doctor Honoris Causa” no assunto. De fato, no âmbito da corrupção foi um ‘doutor”. Não é qualquer governante que consegue impor tal política de “assalto ao Estado” (ao menos, como está sendo revelado pelas investigações) e ainda “sair como Herói da Pátria”. Mais, ainda ser condecorado com títulos de Doctor Honoris Causa por Universidades estrangeiras e brasileiras. Sem dúvida, é uma grande façanha. Neste mundo e nessa Cultura atuais, alguma coisa deve estar “fora do lugar” para que tudo isso esteja acontecendo. O que o leitor ou a leitora pensa?

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