Editorial: Entre a cruz e o campo
A semana que passou foi bastante intensa em Brusque e região. Tivemos vários eventos relacionados à Paixão de Cristo, como o grandioso espetáculo Paixão e Morte de Um Homem Livre, apresentado em Guabiruba, que reuniu 9 mil pessoas em duas noites, além de outras celebrações menores, mas não menos importantes.
Também foi realizada a tradicional peregrinação de Brusque a Nova Trento, realizada durante a Sexta-feira Santa, na qual milhares de peregrinos se digerem até o Santuário Santa Paulina, a pé, de bicicleta, ou até mesmo de carroça e a cavalo, para pagar promessas e celebrar graças alcançadas.
Além disso, diversas celebrações do período pascal reuniram grande público no município, celebrando a ressurreição de Cristo.
Neste período, um outro evento também movimentou a região. No último sábado, o Brusque entrou em campo pela primeira partida da final do Campeonato Catarinense. No jogo de ida, realizado em Itajaí, acabou perdendo por 2 a 1, e agora precisa vencer para conquistar o título.
Assim como a Páscoa, na qual Jesus morreu na sexta-feira e ressuscitou no domingo, o Brusque também tem uma chance de ressuscitar e fazer a diferença no próximo sábado, quando vai a Criciúma encarar o segundo jogo da final do Catarinense.
Com certeza, se trata de uma situação bastante difícil. A equipe precisará de um ajuste na postura, já que precisará obrigatoriamente vencer por pelo menos um gol de diferença, o que levaria a decisão para os pênaltis. Será necessário atacar, mas também ser preciso nos cuidados defensivos, para que a diferença de gols não aumente, o que inviabilizaria a disputa pelo título.
Fora de campo, a equipe poderá contar certamente com a fé do brusquense, que rezou muito durante a Semana Santa, e que continua rezando, com muita fé e dedicação, para que o time possa chegar à vitória. Dessa forma, não será por falta de apoio e de confiança que a equipe não poderá lutar pelo campeonato.
Se o Brusque conseguir a virada no Sul do estado, seria uma redenção para um time que é muito parecido com a cidade que o abriga. Que luta, que não se entrega, que vai até o fim, que surpreende e consegue, no final, mostrar bons resultados.
Estar na final já é uma vitória para o Brusque, que começou o campeonato com derrotas e bastante dificuldade. Vencer seria a coroação, a cereja do bolo para um trabalho resiliente e dedicado.