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Bastidores da política e do Judiciário, opiniões sobre os acontecimentos da cidade e vigilância à aplicação do dinheiro público

Editorial: Novas formas de gestão

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Bastidores da política e do Judiciário, opiniões sobre os acontecimentos da cidade e vigilância à aplicação do dinheiro público

Editorial: Novas formas de gestão

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A Prefeitura de Brusque, no atual mandato do prefeito André Vechi, renovado por mais quatro anos, tem apresentado inovações na gestão pública. Ações que nunca haviam sido propostas estão começando a sair do papel no município, inaugurando uma nova era. Se no passado o governo Ciro Roza se notabilizou por grandes obras, e o de Paulo Eccel pela organização da cidade, o de Vechi parece se encaminhar para a inovação administrativa.

Há vários exemplos dessas inovações. A primeira proposta foi a permuta de um novo imóvel para abrigar o albergue municipal. No modelo proposto, a prefeitura permutará o terreno onde fica o albergue atual, no Centro de Brusque, em troca de que seja construído, pela iniciativa privada, um novo espaço, que também deve ser equipado por quem vencer a licitação.

Da mesma forma, o governo também inovou ao propor a transferência da gestão e conservação do parque Leopoldo Moritz para a iniciativa privada, em um modelo no qual o permissionário paga uma quantia mensal para explorar os quiosques e a lanchonete, ao mesmo tempo em que se responsabiliza por custear a manutenção do parque.

A prefeitura também tomou a iniciativa, neste ano, de pleitear junto ao governo federal a inclusão na Lei Rouanet, no sentido de captar recursos que permitiram a gratuidade da entrada na Fenarreco de 2024. Essa captação estava disponível há alguns anos, mas nunca havia sido efetivada.

Essas mudanças tornam-se interessantes ao concentrar a atenção do governo no que realmente importa. O gestor público não tem que se preocupar com um bar ou lanchonete do parque, e tampouco investir recursos na construção de um albergue.

É muito mais fácil e barato receber uma estrutura pronta da iniciativa privada, conforme está sendo proposto. Basta olharmos o exemplo do prédio do Centro de Inovação, tocado pelo governo do estado, que se deteriorou por anos até que se conseguisse retomar a obra.

Aliado a isso, o governo também está promovendo mudanças nas secretarias, e novas propostas devem ser apresentadas a partir de janeiro de 2025. Essas mudanças servem para adequar a estrutura administrativa para um modelo de elaboração de projetos e captação de recursos externos.

Essas mudanças, aliás, vem ao encontro do que foi feito para obter a gratuidade da entrada na Fenarreco: a participação sistemática em editais do governo federal para obtenção de recursos e incentivos fiscais. Isso acaba por aliviar as contas do município, que deixa de gastar dinheiro naquilo que pode ser financiado por entes externos.

Dessa forma, são passos novos que a gestão está buscando e que devem ser estimulados. Não há como um município evoluir se todos continuarem fazendo sempre as mesmas coisas, da mesma forma. É preciso ousadia para tentar mudanças, ainda que eventualmente haja problemas, para que a gestão dos recursos pagos pelo contribuinte seja mais eficiente e traga mais retorno à população.

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