Página 3

Bastidores da política e do Judiciário, opiniões sobre os acontecimentos da cidade e vigilância à aplicação do dinheiro público

Editorial: Uma ponte de parar o trânsito

Página 3

Bastidores da política e do Judiciário, opiniões sobre os acontecimentos da cidade e vigilância à aplicação do dinheiro público

Editorial: Uma ponte de parar o trânsito

Página 3

Desde o dia 26 de dezembro, a ponte Antônio Nicolau Maluche, conhecida como ponte do Maluche, foi interditada devido a obras de recuperação em sua estrutura. Os trabalhos serão de remoção e construção de uma nova cabeceira, nas proximidades da Igreja Calvário, além da troca dos gabiões.

A previsão é de que os trabalhos levem aproximadamente 75 dias. Essa manutenção foi programada a partir de um laudo que identificou a necessidade de reparos para garantir a segurança e a funcionalidade da estrutura.

A manutenção das pontes é extremamente importante e deve ser feita sempre que necessário, para trazer mais segurança ao trânsito. 

No entanto, cada vez que se mexe em uma ponte em Brusque, quando há manutenção ou mesmo rupturas e quedas, é exposta a fragilidade do nosso sistema de trânsito e logística urbana, e revela-se a dependência dessas estruturas, fundamentais no contexto do trânsito do município.

Há exemplos diversos, como a queda da ponte da Bilu, em 2021, cuja cabeceira despencou com alguns veículos em cima. No mesmo ano, houve também a queda da ponte do bairro Guarani, que rachou no meio após fortes chuvas. Anos antes, em 2017, a ponte Arthur Schlösser, próxima ao terminal urbano, foi interditada por seis meses porque um pilar se rompeu.

Neste contexto, é necessário que se invista em mais pontes, como a que está sendo construída no bairro Rio Branco. Temos uma cidade cortada ao meio por um rio, e é impensável melhorar a mobilidade urbana sem a construção dessas estruturas para travessia de veículos. 

Porém, há também situações em que as pontes são subaproveitadas. A nova ponte Arquiteta Andréa Volkmann, no Centro, registra um fluxo pequeno de veículos. Esse subaproveitamento pode ser explicado tanto pela lógica de tráfego que foi imposta a ela, assim como pela falta de estrutura, como alças de acesso à avenida Beira Rio, por exemplo. Atualmente, ainda seria possível fazer as alças, mas no futuro isso pode se tornar impossível, devido ao aproveitamento dos terrenos vizinhos.

Portanto, esse é um momento oportuno para que seja revisto o conjunto do trânsito de Brusque. Como estamos vendo neste início de ano, cada vez que uma ponte é interditada dá origem a um caos em mobilidade urbana. E a situação tende a piorar quando as aulas começarem e o fluxo de veículos se multiplicar, há grandes chances do trânsito de Brusque colapsar, principalmente nos horários de pico.

Ressalta-se novamente que as obras são necessárias, e a manutenção adequada das pontes deve continuar sendo feita, mas é preciso avançar na infraestrutura logística da cidade para que, quando uma ponte for interditada, sejam realizadas ações para mitigar os impactos, que permitam ao trânsito de Brusque fluir melhor.

Colabore com o município
Envie sua sugestão de pauta, informação ou denúncia para Redação colabore-municipio
Artigo anterior
Próximo artigo