Desde jovem, Luiz Armando Gulini, 49 anos, sempre gostou muito de praticar esportes. Em sua cidade natal, Nova Trento, ele participou de equipes em diferentes modalidades e, a cada dia, sua paixão pelo esporte aumentava.
Com uma formação familiar e educacional exemplares, ainda na adolescência, ele já projetava construir uma carreira dentro da área da educação. Aos 17 anos, veio morar em Brusque para fazer parte da equipe de basquete da cidade. Paralelo às suas atividades, começou a cursar a graduação de Educação Física e, aos 21 anos, estava formado.
“Sempre tive boas referências com meus professores de educação física, e essa formação e oportunidade que os professores me deram, me impulsionaram na área esportiva e fizeram com que eu gostasse muito de praticar esportes e tivesse vontade de ser professor também”, diz.
Durante a graduação, ele decidiu que seguiria a área da educação física escolar. Em 1990, começou a dar aulas e continua atuando até hoje. “Tive várias oportunidades de sair e buscar outra linha de ensino, mas optei por continuar na educação física escolar. É aqui que me encaixo”.
Luizão, como é conhecido entre os alunos, dá aulas no Colégio São Luiz para as séries iniciais. Paralelo a isso, também é técnico da equipe de basquete e futebol da instituição, e realiza um projeto social na área do basquete em parceria com a Prefeitura de Brusque, nas escolas Theodoro Becker e Luiz Gonzaga Steiner.
Às vezes, chego na escola chateado, com algum problema e recebo aquele carinho, aquela energia toda das crianças e me transformo
O professor acredita que, por meio da educação física, é possível trabalhar a formação cultural, social e pedagógica das crianças. “Não é só vir aqui, dar a bola, e o esporte propriamente dito, e deixar a desejar na parte social e educacional que é o mais importante”.
Tanto em suas aulas no colégio, quanto como técnico das equipes, Luizão trabalha muita disciplina e valores entre seus atletas, principalmente, a importância de saber ganhar e perder, com a participação em diversas competições.
“Saber ganhar é tão importante quanto saber perder. Às vezes, é mais difícil entender uma vitória do que uma derrota. Na derrota, você perdeu, baixa a cabeça e vai embora. Agora na vitória, tem que ter respeito pelo que perdeu, sem menosprezar”.
As aulas de educação física são sempre muito aguardadas pelos alunos, o que deixa o professor sempre muito feliz. “As crianças vêm vibrantes, alegres. Eu sempre paro e penso: que bom que eu fui escolher educação física. Às vezes, chego na escola chateado, com algum problema e recebo aquele carinho, aquela energia toda das crianças e me transformo”.
Luizão é apaixonado por sua profissão e considera que ser professor representa a conquista de um ideal. “Para ser professor a gente tem que amar o que faz. O mundo está repleto de oportunidades e foi isso que me fez querer ser professor de educação física, proporcionar oportunidades aos alunos”.