Eleição em Brusque: “Vamos estudar locais para construir moradias”, diz André Vechi (PL); veja entrevista

Entre outras propostas, candidato quer implementar Casa do Autista em parceria com AMA e projeta alternativas para ETA Cristalina

Eleição em Brusque: “Vamos estudar locais para construir moradias”, diz André Vechi (PL); veja entrevista

Entre outras propostas, candidato quer implementar Casa do Autista em parceria com AMA e projeta alternativas para ETA Cristalina

Nome de urna: André Vechi (PL)
Candidato a vice: André Batisti (PL)
Coligação: Para Brusque Seguir Avançando (PL, PP, PRD, Republicanos e Podemos)
Número de urna: 22
Idade: 35 anos
Profissão/ocupação: administrador público

O candidato André Vechi (PL) é o atual prefeito de Brusque. Ele concorre à reeleição pela coligação Para Brusque Seguir Avançando, formada por PL, PP, PRD, Podemos e Republicanos. O candidato a vice na chapa de Vechi é André Batisti (PL). Ao jornal O Município, ele falou sobre propostas e ideias para o mandato. Confira abaixo a entrevista.

Brusque enfrenta anualmente transtornos relacionados a cheias e enchentes. Qual a sua proposta de investimento em ações preventivas relacionadas às mudanças climáticas?

Já iniciamos algumas obras estruturantes, como o canal extravasor da Beira Rio, que vamos tocar até o bairro Dom Joaquim. Finalizado esse processo, vamos avançar no sentido norte, até a Estrada da Fazenda. Vamos viabilizar os recursos para poder continuar essa importante obra.

Já temos o Funref, que é o fundo de recuperação fiscal que está instituído, que vai garantir um recurso para essas obras pós-cheia. É claro que vamos articular junto ao governo do estado e já temos avançado com o governador Jorginho Mello a construção da barragem de Botuverá que, sem dúvidas, será um divisor de águas, literalmente, com essa questão do impacto das cheias.

A construção da ETA Cristalina, que futuramente será importante para o abastecimento de água do município, ainda é um objetivo distante. Como o senhor pretende de fato tirar essa obra do papel para que ela seja entregue o mais rápido possível?

O projeto inicial da ETA Cristalina ficou em um valor muito elevado. Ficou em mais de R$ 100 milhões a construção da ETA por inteiro. Já estamos trabalhando para fazer um novo projeto em módulos. Então, ela seria construída em duas etapas.

A primeira, que já faria toda parte de captação, tratamento e distribuição, teria uma garantia pelos próximos 15 anos, 20 anos de fornecimento de água para toda cidade, dando esse tempo para que possa ser construído outro módulo. Então, não teríamos esse impacto financeiro de mais de R$ 100 milhões de uma vez só.

O preço do aluguel em Brusque está cada vez mais alto. Quais as suas propostas para atender a população de baixa renda que precisa de moradia? O senhor pretende construir moradias populares? Caso sim, em quais modelos?

Sancionamos recentemente a revisão do plano diretor. O principal fator que deixa o aluguel tão alto, bem como o custo do imóvel, é uma relação oferta-demanda. Teremos um potencial construtivo maior. Antes, em ocasiões que poderiam ser construídos 15 andares, agora pode ter 20, 25, 30… Isso vai proporcionar uma oferta maior de apartamentos na cidade. Consequentemente, com uma oferta maior e com uma demanda já existente, a tendência é o custo diminuir.

Temos também a questão da habitação social, referente a quem não tem condição de comprar uma casa e precisa de ajuda. Então, temos trabalhado, primeiro, na retomada de, pelo menos, 40 apartamentos dos condomínios Minha Casa Minha Vida, do Cedrinho e do Limeira, em que a Caixa está retomando e vai disponibilizar para prefeitura para fazer reforma e redistribuir.

Também, vamos estudar locais para construir moradias em parceria com a Caixa via prefeitura ou dar algum subsídio para fazer algum financiamento estilo Minha Casa Minha Vida. A pessoa vai ganhar o terreno, vai construir a casa, via financiamento com a Caixa, um juro subsidiado.

Brusque recebeu avaliação regular em levantamento do Observatório Social do Brasil em Indaial sobre níveis de transparência e governança. Ficou em 12º entre 13 municípios da Amve. A sua gestão criou a Secretaria de Transparência. Como melhorar esse desempenho?

Primeiro, quando vamos falar desse índice, é importante lembrar que a entidade que fez o levantamento foi preguiçosa (sic). Encaminhou um e-mail, que foi para o spam, e não fez nenhum contato por telefone para cobrar a entrega de informações. Muito do que eles utilizaram como referência ou que deixaram de receber porque não souberam questionar à prefeitura de forma correta está equivocado.

Daqui a pouco, será lançado o índice de transparência do Tribunal de Contas e Brusque terá um desempenho muito superior e ficará muito bem colocado em relação a outros municípios do estado.

Este é um índice (do Observatório Social) que não reconhecemos a legitimidade. O índice ignora outros avanços que temos na transparência, por exemplo, licitação ao vivo e que depois fica gravada. Brusque é um dos poucos municípios que tem e o índice não leva isso em consideração para fazer pontuação.

Brusque passou por uma enchente em novembro de 2023 que destruiu as calçadas da Beira Rio. A prefeitura aguardou recursos do governo do estado por cinco meses. Por que o senhor insiste tanto em defender o governador Jorginho Mello se ele deixou uma obra de tamanha importância parada por tanto tempo? Não existe uma postura minimamente crítica?

Na verdade, eu não falo na figura do governador. O governador criou o programa Recupera SC, não só para Brusque, mas também para os demais municípios atingidos pelas cheias. As enchentes foram em novembro, na virada do ano o programa foi criado e em janeiro e fevereiro começaram as tratativas burocráticas.

Teve município que recebeu esse recurso antes e nós acabamos recebendo depois por alguns motivos que desconhecemos a verdadeira intenção, não voltado ao governador Jorginho Mello, mas sim a uma questão interna da Secretaria de Infraestrutura. Essa burocracia, que acabou atrasando, não é culpa diretamente do governador, até porque teve Tribunal de Contas fiscalizando.

O senhor propõe inaugurar a Casa do Autista. A estrutura inaugurada em Balneário Camboriú recentemente, a maior da América Latina, não atende crianças com nível 3 de autismo, o mais severo. A Casa que o senhor pretende inaugurar em Brusque abrange este público?

A nossa ideia, quando estruturar a Casa do Autista, é trabalhar em parceria com a AMA (Associação dos Pais, Profissionais e Amigos dos Autistas de Brusque e Região). A AMA já presta um serviço fantástico e consegue, com menor burocracia, contratar serviços de forma muito mais fácil do que nós, como, por exemplo, consulta com neuropediatra.

A prefeitura pode contratar o médico, mas, com o convênio com a AMA, consegue contratar por consulta. É algo muito mais viável para reduzir o tempo de espera das pessoas. Inicialmente, nossa ideia é iniciar com os graus 1 e 2 também e ter a parceria com a AMA para que o autismo grau 3 não fique desamparado.

A ponte Arquiteta Andréa Volkmann, popular ponte do Centro, construída na gestão passada, é alvo de críticas relacionadas à falta de acessos. O que a sua gestão pretende implementar para melhorar o fluxo de veículos na região da ponte?

Em um primeiro momento, vamos fazer um retorno. A obra já está em andamento na rodovia Antônio Heil, na saída do pavilhão. Ali terá uma rotatória, porque quem sai da ponte sentido Antônio Heil obrigatoriamente tem que convergir à direita. Então, agora o motorista irá andar um pouco [pela direita] e vai conseguir pegar o retorno.

No sentido Antônio Heil ao Centro, temos uma dificuldade que é a questão da largura das ruas. Até pensamos em outra alternativa para que o acesso não tivesse que ser via rua Riachuelo e sim já poder convergir à esquerda pela rua Barão do Rio Branco, mas isso depende de um alargamento da via e envolve desapropriação. É um estudo que estamos fazendo com a Secretaria de Trânsito, mas envolve um capital financeiro, pois os imóveis não são baratos.

Outro ponto é estudar acessos da margem esquerda, perto do Sesc, para a ponte, e também estudar a viabilidade de um acesso pela margem direita da Beira Rio, contornando próximo ao bar The Bridge. São estudos.

A prefeitura vai fazer um procedimento para que o Centro Pop seja construído em outra área da cidade, por meio de uma permuta. Qual o objetivo desta ação e como isso impactará a questão das pessoas em situação de rua?

Hoje, tanto o Centro Pop quanto o Albergue, que são equipamentos distintos, mas estão no mesmo imóvel, geram um problema, porque estão em uma região muito centralizada e residencial, e segundo porque estão próximos de escolas. Fazendo essa permuta, conseguimos construir um equipamento novo e mais adequado.

[O Centro Pop] é alvo de reclamações históricas e nunca foi feito nada para resolver. Não vamos só resolver esse problema, pois também já reduzimos o número de moradores de rua na cidade com a internação involuntária.

Recado do candidato ao eleitor

Primeiro quero pedir o voto no 22, para o André e para o Deco, para que possamos seguir avançando. Pegamos um período de muita dificuldade. Foram 12 cheias em menos de um ano de mandato, mas isso não impediu que fizéssemos tudo que já avançamos.

Acho que Brusque está no caminho certo e, para seguir avançando, pedimos o voto no 22 no dia 6 de outubro, para o André e para o Deco.


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Dance music e passinho agitaram a pista da Danceteria Palmeira nos anos 90:


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