Em passagem por Brusque, psicóloga religiosa critica estudo da identidade de gênero nas escolas

Para Marisa Lobo, temas deveriam ser abordados dentro do contexto familiar

Em passagem por Brusque, psicóloga religiosa critica estudo da identidade de gênero nas escolas

Para Marisa Lobo, temas deveriam ser abordados dentro do contexto familiar

A psicóloga, palestrante e escritora Marisa Lobo esteve em Brusque, no último fim de semana, para tratar sobre os debates quanto a ideologia de gênero nas escolas e a dependência química. Durante dois dias, ela atuou em quatro atividades no município, entre elas apresentações sobre o temas durante cultos religiosos.

A vinda da paranaense para o seminário sobre ideologia de gênero foi intermediada por integrantes do Centro de Adoração e Missão (CAM) e do Grupo de Proteção da Infância e Adolescência (Grupia). Indicada como uma referência pelas entidades, Marisa critica o que classifica como um movimento de contracultura.

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O principal ponto, na visão dela, é o excesso de conotação sexual para crianças abaixo dos 12 anos, sob o pretexto de geração de tolerância. Ela acredita que a escola precisa ensinar a respeitar o próximo “sem estímulo à adesão a hábitos de parcela minoritária”.

Segundo a profissional, “argumentos culturais não deveriam ter prioridade em relação à biologia”. “Queremos que os dois lados entendam que as pessoas tem que ser respeitadas em sua opção, sua orientação, no gênero que acha que tem, mas sem desconstruir o que a maioria pensa. O que a maioria vive é a ciência”, defende.

Debate em família
Para ela, faltam debates com base científica sobre a sexualidade e as ações desenvolvidas sofrem influência política. Autora de “Ideologia de Gênero na Educação”, publicado em 2016, Marisa afirma que o modelo de debate adotado nas escolas estimula um conflito de ideologias e familiares.

Marisa destaca que, sem fundamentos na biologia, os métodos geram o questionamento às bases de formação dos jovens. Atribui os transtornos de identidade de gênero e  o aumento no número de suicídios entre adolescentes à insegurança e confusão gerados no processo.

O coordenador do Grupia, Paulo Vendelino Kons, reforça o discurso de que os assuntos relacionados à ideologia de gênero sejam feitos com o acompanhamento das famílias. Um dos agravantes indicados por ele é o que classifica como “falta de honestidade acadêmica e científica” e a relativização dos fatos. “Não existem estudos que corroborem a ideologia de gênero. Estamos vivendo a era da meia verdade e mentiras inteiras.”

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Para o pastor Marcos Foppa, do CAM, a preocupação reflete a necessidade de esclarecimento social sobre as discussões de identidade de gênero. Segundo ele, os grupos organizados precisam se posicionar em relação ao assunto.

A tendência é de uma volta da especialista ao município para um debate sobre o tema, envolvendo famílias e órgãos ligados à educação. O evento ainda não tem data para ocorrer. Para ele, a integração entre os órgãos é uma forma da sociedade marcar uma posição sobre o tema.

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