Em queda no comércio varejista, pagamentos com cheque ainda dominam mercado atacadista de Brusque

Proprietários de lojas dizem que vendas feitas por cheques superam cartão de crédito

Em queda no comércio varejista, pagamentos com cheque ainda dominam mercado atacadista de Brusque

Proprietários de lojas dizem que vendas feitas por cheques superam cartão de crédito

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) divulgou que o uso de cheques no Brasil caiu 95% desde 1995, quando foram compensados 3,3 bilhões de cheques. Apesar da queda, a forma de pagamento ainda é amplamente utilizada nas vendas de atacados em Brusque.

De acordo com o presidente do Sindicato do Comércio Varejista e Atacadista de Brusque, Botuverá e Guabiruba (Sindilojas), Marcelo Gevaerd, a redução no uso de cheques é atribuída às novas tecnologias de pagamento.

“Hoje, com o PIX, tudo se tornou mais fácil e prático. Embora muitos lojistas ainda aceitem [cheques], não são todos. Pessoalmente, até oito meses atrás, eu ainda assinava cheques, mas já me deparei em estabelecimentos onde o funcionário não sabia o que fazer com o cheque nas mãos”, diz.

Marcelo conclui afirmando que atualmente não há uma cultura do cheque como havia algumas décadas atrás, mas não consegue precisar a faixa etária do público que ainda o utiliza.

Atacado

Apesar de haver uma queda no comércio varejista, o cheque ainda é amplamente usado em vendas de atacados do município, chegando a 90% dos pagamentos realizados. Proprietários de lojas localizadas nos shoppings All, Master e Catarina contam que a forma de pagamento é majoritária na compras.

Claudete Gripa, proprietária da loja Xá Doce, situada no All Shopping, afirma que os compradores utilizam cheque para compras de qualquer valor, sem critério específico. Ela destaca que essa estatística se aplica a grande parte das lojas no shopping.

“O cartão de crédito representa apenas 10% das transações. O cheque é respaldado pelo Guia do Consumidor, proporcionando segurança. Os compradores que optam pelo cheque também têm um limite maior no cartão, e a nota fiscal é gerada automaticamente”, conclui Claudete.

Na loja Cantos e Vitrines, localizada no Master Shopping, a situação é semelhante. De acordo com o proprietário do estabelecimento, Marcos Luiz Rodrigues, aproximadamente 60% das vendas são realizadas por meio de cheques, sem um valor definido para sua utilização.

“Como temos a garantia do shopping, essa porcentagem se estende a quase todas as lojas. O cheque é utilizado em compras de qualquer valor, seja de R$ 100 a R$ 10 mil. Dos 40% restantes, cerca de 25% das vendas são realizadas por cartão e o restante por PIX. Muitas pessoas jovens utilizam o cheque aqui no shopping, inclusive aquelas que estão abrindo novas lojas”, explica.

A gerente da loja For Use Jeans, Carla Cristina Paitra Seixas, diz que o cartão de crédito fica em segundo plano nas vendas no Catarina Shopping.

“Mais de 50% das vendas são feitas por cheque. Não há faixa etária dos compradores e não há um valor definido nas compras para justificar o uso. Agora, fora do shopping, é bem raro alguém comprar com cheque”, finaliza.

A garantia mencionada pelos comerciantes é proporcionada pelas instituições onde ficam as lojas, ou seja, os shoppings atacadistas contratam o serviço, o qual garante que o lojista não irá deixar de receber se, eventualmente, um dos clientes repassar um cheque sem fundo.

No entanto, segundo a Febraban, isso tem se tornado cada vez mais raro. Em 2023, o número de cheques devolvidos representou 10,67% no total de cheques compensados no país.

Em relação aos cheques devolvidos sem fundos, o total caiu de 15 milhões, em 2022, para 13,6 milhões no ano passado, uma redução de 9%.


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