Entenda como será a obra do Canal Limeira em Brusque
Será feita retificação do rio, bacia de contenção, dragagem e reestruturação de pontes
Será feita retificação do rio, bacia de contenção, dragagem e reestruturação de pontes
A Prefeitura de Brusque trabalha no projeto de um novo canal no bairro Limeira, uma reivindicação antiga dos moradores do bairro, cujo objetivo é reduzir os alagamentos frequentes na localidade. Atualmente em fase final de análise do projeto, a expectativa da Prefeitura de Brusque é de que mais de 5 mil pessoas e cerca de 400 residências sejam beneficiadas.
A bacia hidrográfica da Limeira representa 21% do território brusquense e deságua no rio Itajaí-Mirim. Além disso, a região, que abrange dois bairros, Limeira Baixa e Limeira Alta, tem crescido significativamente nas últimas décadas. A partir dessas questões, uma intervenção que diminua o impacto das chuvas fortes torna-se necessária, avalia o governo.
O secretário de Infraestrutura Estratégica, Alex Gonçalves, detalhou à reportagem do jornal O Município as próximas etapas dos trabalhos. Com investimento de R$ 30 milhões, oriundo do financiamento Fonplata, a próxima fase é o estudo do impacto ambiental, considerada a mais complexa e demorada, com cerca de um ano.
Devido a isso, não há um prazo definido para a finalização da obra, que abrangerá 8 quilômetros ao longo do Ribeirão Limeira. Entre os serviços que serão feitos, haverá retificação do rio, bacia de contenção em uma área de 12 hectares, dragagem e reestruturação de pontes. “Vamos realizar a reestruturação e reconstrução de praticamente todas as pontes ao longo do decorrer do canal”, declara o secretário.
Outro fator considerado complexo é a proximidade de algumas residências. No entanto, o projeto é pensado com o objetivo de minimizar a necessidade de desapropriações no local, garante o secretário.
“Queremos reduzir os danos com a população que mora muito próxima ali, evitar ao máximo a desapropriação de alguns imóveis próximos, mas não podemos deixar de fazer alguma intervenção quando necessária, e a desapropriação nesse sentido, para ter a funcionalidade que é o objetivo do projeto.”
Além disso, os benefícios são considerados maiores do que os transtornos causados, avalia a engenheira civil e fiscal do projeto Steffi Klotz.
“A gente está modificando um canal da bacia. Só que é plenamente justificável, porque tem esse impacto ambiental, mas haverá compensação. Tem as correções, só que o benefício da obra é muito superior ao impacto, porque a gente tem muita população ali naquela região sofrendo com a cheias”, afirma.
Planejado para impactar os moradores a longo prazo e baseado nas enchentes históricas que o município enfrentou, o projeto terá “um retorno de 50 anos”. “Qualquer obra nesse sentido nunca vai ficar parada, ela sempre vai ter que evoluir conforme a evolução da população no bairro da mesma forma”, explica Steffi.
“Se a gente fizer [o projeto] para a situação atual, ele não vai atender ao longo dos próximos anos, então a tendência é que esse projeto, principalmente, atenda durante esse período. Sempre é possível fazer maior, mas quanto maior o tempo também maiores são os custos e também o nível de intervenção”, detalha.
Por ser um projeto de longo prazo, ele ultrapassa gestões municipais e seguirá avançando, independentemente do resultado das eleições futuras. “É um exemplo de obra que já seguiu gestões porque ela entrou num governo, o governo atual continua e o seguinte deverá continuar para atender as questões do empréstimo. Não existe a possibilidade dela não ser executada”, assegura a fiscal do projeto.
“Ali [bairro Limeira] é uma região que é muito afetada ao longo dos anos pelas cheias, então é um projeto que visa mitigar essas questões. Vai trazer conforto e tranquilidade para a população do bairro”, pontua o secretário.
Dance music e passinho agitaram a pista da Danceteria Palmeira nos anos 90: