Não dá para dizer que esgotamos o “tema 1967″… mas já estamos mais do que na hora de dar um pulo de 10 anos no tempo e chegar a outro ano fascinante para a História da Cultura Pop. 1977, o ano em que, na música, um novo equilíbrio de forças começou a se estabelecer, com diferentes linguagens, tanto especificamente musicais como nas atitudes. Extremamente variadas, opostas e intercambiantes. Um alimento ultra nutritivo para todas as gerações que vieram depois. Até hoje.

Como em todo ponto de partida, a gente começa com três discos que não precisam de boa vontade para que a gente os considerem emblemáticos e representantes básicos daquele ano.

Não tem como evitar: o principal lançamento de 1977 é o disco de estreia dos Sex Pistols. Claro, não é o primeiro registro em disco da banda, já que as músicas Anarchy in the U.K. e God Save the Queen já tinham sido lançadas como single em 1976. Mas Never Mind the Bollocks, Here’s the Sex Pistols saiu em 1977, com direito a ser considerado clássico instantâneo. Audição obrigatória para qualquer interessado na música do século XX, mesmo que odeie punk.

Se os Pistols eram a mistura perfeita entre revolta juvenil e exatidão marqueteira, os Talking Heads são a melhor versão do rock feito sob a égide da racionalidade. 1977 é o ano de lançamento de… 77, o disco de estreia da banda de David Byrne. Sim, é o disco que tem Psycho Killer (aqui na versão de 1983, do filme Stop Making Sense, dirigido por Jonathan Demme). Não precisa dizer mais muito, precisa?

Para completar o tripé, o equilíbrio universal manda que o terceiro disco seja um representante do metal. Que me perdoem os experts e os puristas. Minha escolha não poderia recair sobre outro disco que não fosse o álbum de estreia (mais um!) do Motörhead. Porque Lemmy Kilmister é o cara.

Vamos ter várias semanas mergulhando nesse ano incrível. Música, filmes, TV…  Vem conversar no Facebook para dar suas sugestões e destaques!!!