Estudantes do IFC de Brusque aderem à paralisação nacional contra os cortes na educação
Objetivo é chamar a atenção da população sobre as atividades que são realizadas na instituição e como podem ser afetadas
Objetivo é chamar a atenção da população sobre as atividades que são realizadas na instituição e como podem ser afetadas
Cerca de 60 estudantes do Instituto Federal Catarinense (IFC) de Brusque aderiram à manifestação nacional realizada nesta quarta-feira, 15, contra os cortes de recursos do governo federal na educação.
O objetivo do ato foi chamar a atenção da população sobre as atividades que são realizadas pelo campus de Brusque do IFC e como podem ser prejudicadas, caso o governo não volte atrás de sua decisão.
Só o campus de Brusque terá um corte de quase R$ 500 mil em seu orçamento para 2019. “Tínhamos R$ 1,2 milhão para custeio e vai para R$ 700 mil. A expectativa é que com essa pressão tenhamos um retorno do Ministério da Educação”, diz o diretor de desenvolvimento educacional da instituição, Júlio César Pedroso.
Os atos em Brusque aconteceram durante todo o dia. Iniciou ainda pela manhã, no próprio campus, e no início da tarde seguiu para o centro. Os estudantes espalharam banners na Praça da Cidadania e nas proximidades do Terminal Urbano mostrando as atividades de pesquisa e extensão que são realizadas no município e que devem ser afetadas pelo corte.
Depois, o grupo foi em passeata para a rua Alexandre Athanasio Gevaerd, em frente ao Tri Hotel Executive. Ali, enquanto o semáforo estava fechado, eles iam para o meio da rua segurando cartazes e entoando palavras de ordem. Mais tarde, foram para a avenida Cônsul Carlos Renaux e para a Ponte Estaiada.
“Optamos por um protesto o mais pacífico possível, sem transtornos”, diz Rafael Klein, 16 anos, estudante do curso de Informática.
Presidente do grêmio estudantil da instituição, João Guilherme Comandolli Jordão, 16 anos, afirma que o corte de recursos tem uma influência muito grande nas ações cotidianas do campus. “A escola dava subsídio de alimentação para os alunos, pagando parte do almoço, e vamos sentir essa mudança, para muitos esse recurso fará muita falta”.
Ele também destaca que a maioria dos estudantes do IFC tem renda familiar menor do que um salário e meio e a instituição é a chance de conseguirem educação de qualidade. “As maiores notas do Enem são dos institutos federais, que é um ensino público, gratuito e de muita qualidade”.
O professor Júlio César Pedroso destaca que ao longo dos anos os institutos federais já têm investimentos reduzidos. “Não é um corte de economia, é um corte de serviços essenciais para a qualidade de ensino”.
Atualmente, o IFC de Brusque conta com 700 alunos e oferece ensino médio integrado com técnico, ensino técnico e dois cursos de graduação, além de cursos de qualificação profissional.
Ainda nesta quarta-feira, às 19h, haverá um debate no auditório da instituição para a apresentação dos números dos cortes para a população.