Não é de hoje que vemos a indústria da construção civil em crescimento e sendo responsável por inúmeros problemas ambientais. A construção civil já é apontada como o setor das atividades humanas que mais consome recursos naturais, recursos esses que são, em sua maioria, de fontes esgotáveis (não renováveis).

Existem várias iniciativas, métodos e processos que podem adiar o fim dessas fontes de recursos naturais. Simples processos de separação de materiais, reutilização e reciclagem fazem uma diferença enorme na extração da matéria-prima e contribuem na destinação correta de inúmeros resíduos prejudiciais ao meio ambiente e à saúde humana.

A engenharia civil aliada ao nosso cenário e cultura capitalista acaba sendo vilã quando pensamos em meio ambiente, imagem que é causada pela falta de incentivo e de conscientização deste tema. Quando as pessoas começarem a dar valor às questões de âmbito ambiental, que refletem na saúde e bem estar da população, as coisas começarão a mudar.

Pensando nesses problemas gerados pela construção, já estão chegando a nossa região estudos na área de reaproveitamento de resíduos como agregados para produção de novos materiais. Eder Frutuoso, acadêmico de Engenharia Civil, do Centro Universitário de Brusque – Unifebe conduziu um estudo nos laboratórios da instituição, onde ele testou a utilização de resíduos de vidro como agregados na produção de peças de concreto para pavimentação (pavers).

Os testes foram feitos utilizando o vidro moído, material que é recolhido por empresas de reciclagem e existe em grande quantidade. Foram feitos testes de resistência com pavers produzidos pelo aluno, mas que havia em sua composição a substituição parcial de areia pelo material reciclado de vidro. Com os resultados em mãos foi possível dizer que é possível produzir estas peças de concreto para pavimentação com material reciclado e que ele atende as exigências de resistência, conforme comparação com as normas específicas.

Fica este exemplo como incentivo a todos os estudantes da área da Engenharia Civil que acham importante se esforçar para conciliar o progresso e a qualidade de vida para os seres humanos e para o meio ambiente. Algumas atitudes, mesmo que pequenas podem fazer bastante diferença em um mercado como a construção civil.

 

Sanatiel Laube Hoffmann – 22 anos – Acadêmico de Engenharia Civil da Unifebe

Eder Frutuoso – 35 anos – Acadêmico de Engenharia  Civil da Unifebe

Tamily Roedel – 34 anos – Bióloga e Professora