Precisamos parar com isso. NADA JUSTIFICA ESTUPRO e NÃO TEM GRAÇA! Qualquer tentativa de “explicação” e “piada” contribui para que pessoas continuem estuprando, assediando e achando seus atos justificáveis.

 

Rapidinho:

– a estimativa é de que a cada 11 minutos uma pessoa seja estuprada – mas, é possível que esse número seja bem maior chegando a uma pessoa por minuto visto que as vítimas, na maioria das vezes, não denunciam para não passarem por situações constrangedoras;

– 70% das vítimas de estupros são crianças e adolescentes, vítimas de pessoas da própria família e/ou conhecidas que usam de argumentos tal qual o de que “se contar para alguém não vão acreditar nelas mesmo”;

– além disso, em se tratando de pessoas adultas, muitos casos são de maridos que estupram as esposas (os dados são do IPEA).

 

SE A PESSOA NÃO QUER É ESTUPRO, independente de quem ela ou o estuprador sejam ou deixem de ser. Não tem graça, não é piada!

A dificuldade na compreensão de estupro como crime é determinante para fazer com que os criminosos saiam impunes das acusações e a vítima culpabilizada. E a forma como falamos disso tem uma grande influencia nessa realidade.

A culpa não é da vítima e aí “fazer graça” ou rir disso é não ter o mínimo de sensibilidade. Alguém passando por situação semelhante pode estar ouvindo o comentário e/ou piada… Como a pessoa se sentiria? Como você se sentiria no lugar dessa pessoa?

Ah, e no caso de presenciar uma situação de assédio ou violência, meta a colher! A sua ação pode fazer a diferença.

 
Rafaela F. Kohler – antropóloga, integrante do Coletivo Maria Vai Com As Outras e CDH Brusque