Falta de sinalização na rodovia Antônio Heil preocupa moradores
Obras têm preocupado a comunidade que vive às margens da rodovia, principalmente depois que um homem foi atropelado
Obras têm preocupado a comunidade que vive às margens da rodovia, principalmente depois que um homem foi atropelado
O professor Rafael Vargas tomou um grande susto nesta segunda-feira, 11. Seu pai, José Carlos Nascimento Vargas, de 53 anos, foi atropelado por um veículo na rodovia Antônio Heil, no bairro Limoeiro, próximo à padaria Sodepan. De acordo com ele, não é de hoje que os problemas causados pela duplicação da via trazem transtornos para quem mora no entorno do local.
Rafael reclama que parte da obra está concluída, mas ainda não é permitido trafegar nas pistas duplicadas, já que até o fim da obra, a rodovia permanece com uma pista em cada sentido. Porém, naquele trecho onde seu pai foi atropelado, a faixa branca que separa a parte pronta da pista da parte que deve ser utilizada pelos motoristas no trajeto da SC-486, está apagada.
Apesar desse trecho, não é toda a rodovia que está sem sinalização, uma parte dela possui a faixa branca no acostamento, só que no local onde aconteceu o acidente está praticamente apagado. De acordo com Cléo Quaresma, engenheiro do Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra) responsável pela fiscalização dos trabalhos no local, ele determinou que toda a parte concluída estivesse devidamente sinalizada e vai reforçar à empresa que está realizando a obra que ela verifique a situação.
Daiana Dognini Santana, que trabalha na padaria e socorreu José Carlos no momento do acidente, afirma que ele estava atravessando a rodovia quando um veículo – que vinha no sentido Brusque/Itajaí – bateu na bicicleta dele. Ele foi conduzido ao Hospital Azambuja e levou 20 pontos na cabeça, mas já está em casa. Ela destaca que os clientes do estabelecimento também já reclamaram dessa falta de sinalização.
“Quem vem de fora e não sabe que a área ainda está em obras acaba usando todo o espaço da via, achando que está duplicada. Dessa forma diminui o espaço para os pedestres e ciclistas, afinal, o espaço que a gente usa como acostamento, alguns motoristas acham que é uma segunda pista”, afirma.
Pontos de ônibus retirados
A irmã dela, Emili Dognini Santana, também reclama da retirada dos pontos de ônibus da rodovia. Ela afirma que o ponto foi arrancado há alguns meses e até hoje não foi colocado nenhum espaço provisório para que os usuários possam esperar a condução. “Isso faz falta principalmente nos dias de chuva”, conta a estudante que vai todos os dias até Itajaí para a faculdade. Rafael, que também é secretário da Associação de Moradores do Planalto, localidade do bairro Limoeiro, destaca que as lombadas também foram retiradas e os motoristas dirigem em alta velocidade, o que aumenta o risco de acidentes
Edemar Fischer, diretor da empresa Irmãos Fischer, responsável pela duplicação nesta trecho, explica que a retirada dos pontos de ônibus e das lombadas foi necessário para dar andamento às obras e que em breve novos locais serão construídos, assim como novas alternativas para diminuir a velocidade dos motoristas.
Para Jurema Vieira da Silva, que mora no bairro Limoeiro e precisa utilizar a rodovia todos os dias, esses transtornos são consequências de uma melhoria que demorou a chegar na cidade. “Alguns pontos estão complicados, mas acho que isso logo vai melhorar, é acredito que além da duplicação, a empresa que faz a obra vai melhorar também a situação para os pedestres que passam por aqui”, diz a operadora de máquina.